sábado, 10 de dezembro de 2011

António Carvalho de Silva Porto (1850-1893)

Na Ilha de Capri (1877, Museu Grão Vasco).
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Rua de Barbizon (1874-1879, Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves).
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Canoas (Setúbal) ? (1883, Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves).
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Moinho do Estevão, Alcochete (1885-1887, Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves).
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Lugar do Prado (Santa Marta - Minho) (1892, Casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves).
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António Carvalho de Silva Porto nasceu no Porto em 11 de Novembro de 1850. Em 1865, iniciou os seus estudos na Academia Portuense de Belas Artes, onde foi aluno de Thadeu de Almeida Furtado e João António Correia. Em 1873, venceu um concurso para o pensionato em Paris, onde concorreu na categoria de Pintura de Paisagem, tendo partido para a capital francesa na companhia de Marques de Oliveira. Em Paris, frequentou a Escola Nacional e Especial de Belas Artes e foi aluno de Yvon, Cabanel, Beauverie e Groseillez. Durante esse tempo, deslocou-se com frequência a Barbizon e a Auvers-sur-Oise, onde teve possibilidade de conviver com outros pintores, principalmente com Charles Daubigny e seu filho Karl. A sua aprendizagem foi completada com uma estada em Itália onde permaneceu entre 1877 e 1878. Neste último ano, voltou a Paris e realizou uma viagem pela Bélgica, Holanda, Inglaterra e Espanha, empenhado em completar a sua formação artística. Já em Portugal, no ano de 1879, foi convidado pelo Vice-Inspector da Academia de Belas Artes de Lisboa, Delfim Guedes (futuro Conde de Almedina), para reger nessa Academia a cadeira de Pintura de Paisagem. Em Lisboa, Silva Porto frequentou a Cervejaria Leão d’Ouro, tendo-se reunido à sua volta um grupo de artistas e escritores que ficou conhecido pela designação de Grupo do Leão. Quando o Grupo do Leão se extinguiu para dar lugar ao Grémio Artístico, Silva Porto foi presidente desse novo agrupamento. Este artista, representante do Naturalismo em Portugal, ficou sobretudo conhecido como pintor de paisagens, colhidas principalmente nos meios rurais.
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Texto resumido de MatrizNet 
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António de Carvalho da Silva Porto was a Portuguese naturalist painter. Born in Porto, he studied there under João António Correia and T. Furtado, then continued his studies in Paris and Rome. While in Paris he exhibited his work in the Salon and in the World´s Fair of 1878. In Paris, he studied with his friend João Marques de Oliveira, where they were pupils of Adolphe Yvon and Alexandre Cabanel. They became followers of the naturalist Barbizon School, and brought the new school of painting to Portugal, when they returned in 1879.
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From Wikipedia.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

José Malhoa (1855-1933)

À Sombra da Parreira (Museu Grão Vasco).
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Lendo o jornal (1905, Museu José Malhoa).
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Paisagem (Figueiró dos Vinhos) (1908, Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves).
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O Fado (1910, Museu da Cidade de Lisboa).
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Retrato de minha mulher (1914, Museu do Chiado - MNAC).
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José Malhoa nasceu nas Caldas da Rainha em 1855. Foi estudar para Lisboa aos 8 anos e aos 12 entrou na Real Academia de Belas Artes de Lisboa, onde foi discípulo de Miguel Ângelo Lupi e Tomás da Anunciação. Conclui o curso em 1875 e concorreu a pensionista do estado no estrangeiro por duas vezes, mas ambos os concursos foram anulados. Desiludido, partiu “pincéis e paleta”e empregou-se como caixeiro na loja de confecções do irmão. Ao fim de seis meses, porém, começou a pintar A Seara Invadida, que apresentou numa exposição em Madrid, obtendo grande sucesso. Decidiu abandonar a loja, para se dedicar definitiva e exclusivamente à pintura. Foi um dos fundadores do Grupo de Leão, criado em 1880. Os quadros de ar livre dos anos 80, mais luminosos e de colorido mais intenso, demonstram que se abria à estética de Barbizon – introduzida em Portugal por Silva Porto – apesar de nunca lá ter estado. Dentro desse espírito naturalista começava o longo percurso de exaltação da cor e da luz de Portugal, que iria marcar a sua obra no resto da sua vida. Ainda nos anos 80 instalou em Figueiró dos Vinhos a sua segunda residência – “O Casulo” – onde realizou grande parte das cenas rurais que o celebrizaram. Malhoa foi pintor de paisagens, cenas de género ou de costumes, retratos e nus. Raramente pintou a paisagem pela paisagem. Recebeu encomendas de composições históricas para diversos locais entre outros, para o Supremo Tribunal de Lisboa, a Câmara Municipal de Lisboa, o Palacete Lambertini, o Palácio Burnay e o Museu de Artilharia de Lisboa. Além dos retratos das gentes do povo que figuram nos quadros de género, pintou inúmeros retratos da aristocracia. O Retrato de Laura Sauvinet (Museu de José Malhoa), uma sua aluna, realizado em 1888, foi por ele considerado a sua obra-prima. Expôs em Portugal desde 1880 e participou regularmente em exposições no estrangeiro. Foi presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes desde 1918 e foi condecorado inúmeras vezes. Realizou-se uma exposição retrospectiva da sua obra em Lisboa, em 1928, tendo-lhe então sido erigido um busto numa homenagem prestada nas Caldas da Rainha. Viu em vida avançar o projecto de um museu com o seu nome, que seria inaugurado seis meses após a sua morte. Morreu em Figueiró dos Vinhos a 26 de Outubro de 1933.
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Texto baseado no da Matriznet (IMC - Instituto dos Museus e da Conservação).
José Malhoa was a Portuguese painter, that was, like Columbano Bordalo Pinheiro, one of the leading name in Portuguese naturalist painting, in the second half of the 19th century. He painted often popular scenes and subjects, like his two most famous paintings, The Drunks (1907) and Fado (1910). He always remained faithful to the naturalist style, but in some of is works there are impressionist influences, like in his Autumn (1918), that can be considered as an "impressionist exercise".
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Based on the article of Wikipedia.
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Sobre este artista recomenda-se a obra de Nuno Saldanha, José Malhoa- Tradição e Modernidade, editado pela Scribe (9789898410047).