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domingo, 25 de setembro de 2022

João Cutileiro (1937-2021)

D. Sebastião (1970, Lagos)
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Maquete de Estátua Equestre (1978, Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa)
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Busto de D. Sancho I (Torres Novas)
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Lago das Tágides (1998, Parque das Nações, Lisboa)
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Busto de Natália Correia (Palácio de São Bento, Lisboa)
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João Cutileiro nasceu em Lisboa, em 26 de Junho de 1937. A família Cutileiro vivia na Av. Elias Garcia, numa casa frequentada por importantes personalidades da cultura portuguesa, entre eles o pintor e poeta surrealista António Pedro, que levou João Cutileiro a desenhar no seu atelier, em 1946. Entre 1949 e 1951, frequentou o estúdio do escultor Jorge Barradas, mudando-se depois para o atelier de António Duarte, onde foi assistente de canteiro. Em 1951, apresentou a sua primeira exposição individual em Reguengos de Monsaraz. Frequentou o curso de escultura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL), onde foi aluno de Leopoldo de Almeida, nos anos de 1953 e 1954. Contudo, decidiu abandonar a via académica, seguindo para Londres, onde, por influência de Paula Rego, conheceu a Slade School of Art, que frequentou entre 1955 e 1959, com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, sendo aluno de Reg Butler. Nessa altura, principiou a utilizar máquinas elétricas para executar o seu trabalho, dedicando-se ao mármore. Em 1970, regressou a Portugal e instalou-se em Lagos, executando o D. Sebastião, erigido nessa mesma cidade. Entretanto, expôs as suas obras em Lisboa, Wuppertal e Dortmund (Alemanha), Washington (E.U.A.) e Évora. Em 1985, mudou-se para Évora, continuando a expor em diversos locais. Em 1990, elaborou uma exposição que se apresentou como a retrospetiva da sua arte, na Fundação Calouste Gulbenkian. Morreu no dia 5 de janeiro de 2021, em de Lisboa.
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Bibl.: Wikipédia.
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João Cutileiro was born in Lisbon in June 26, 1937. The Cutileiro family lived on Av. Elias Garcia, in a house frequented by important personalities of Portuguese culture, among them the surrealist painter and poet António Pedro, who led João Cutileiro to draw in his studio in 1946. Between 1949 and 1951, he frequented the studio of the sculptor Jorge Barradas. He then moved to António Duarte's atelier. In 1951, he presented his first solo exhibition in Reguengos de Monsaraz. He attended the sculpture course at the Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL), where he was a student of Leopoldo de Almeida, in the years 1953 and 1954. However, he decided to abandon the academic path, going to London, where, under the influence of Paula Rego, was introduced to the Slade School of Art, which he attended between 1955 and 1959, with a scholarship from the Calouste Gulbenkian Foundation, being a student of Reg Butler. At that time, he began to use electric machines to carry out his work, dedicating himself to marble. In 1970, he returned to Portugal and settled in Lagos, executing D. Sebastião, erected in that same city. In the meantime, he has exhibited his works in Lisbon, Wuppertal and Dortmund (Germany), Washington (USA) and Évora. In 1985, he moved to Évora, continuing to exhibit in different locations. In 1990, he made an exhibition that was presented as a retrospective of his art, at the Calouste Gulbenkian Foundation. He died on January 5, 2021, in Lisbon.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Veloso Salgado (1864-1945)

Jesus (réplica) (c. 1922, de um original de 1892)
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Rua de Leça (1893, MJM)
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Homem a comer uma maçã (1909 ?, MNSR)
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Juventude (1923, MNAC)
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Auto-retrato (1931)
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José Maria Veloso Salgado nasceu em Santa Maria de Melon (Orense), a 2 de Abril de 1864. Com dez anos de idade foi acolhido em Lisboa na casa do seu tio materno, Miguel Veloso Rodrigues, que era mestre da Litografia Lemos, onde começou a trabalhar como aprendiz de litógrafo. Desde 1878, frequentou a Escola da Academia de Belas Artes de Lisboa, tendo terminado o curso de pintura em 1887. Em 1888, partiu para Paris como pensionista do Estado, onde se tornou amigo do escultor António Teixeira Lopes. Travou amizade com o pintor Jules Breton, com a sua filha e discípula, Virgínia Demont Breton, e o marido desta, o paisagista Adrien Demont. Em 1891, visitou Itália, e, em 1895, regressou a Lisboa, sendo logo nomeado professor de Pintura Histórica da Escola de Belas Artes. Em 1896, casou com Vitorina de Silva Mello, afilhada e protegida do pintor Ferreira Chaves, da qual teve dois filhos, José Miguel (1896) e Maria Adelina (1899). Destacou-se sobretudo na pintura histórica e no retrato, tendo também praticado outros temas. Tendo já exposto em Lisboa em 1884 e 1887, expôs no Salon de Paris em 1891, e posteriormente participou em diversos certames e exposições portuguesas e internacionais, recebendo diversos prémios e distinções. Só em 1940, já aposentado do cargo de professor, deixou de pintar. Faleceu em 1945, na sua casa sita no n.º 99 da Rua da Quintinha, em Lisboa.
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Cf. «José Maria Veloso Salgado (1864-1945)» in Sigarra U.Porto - https://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?P_pagina=1005829
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José Maria Veloso Salgado was born in Santa Maria de Melon (Orense), 2 April 1864. With ten years of age he was sent to live in Lisbon, and began working as an apprentice lithographer. Since 1878, he began to attend the Academy of fFne Arts of Lisbon, having finished the course of painting in 1887. In 1888, he left for Paris as a pensioner of the State, where he became friend of the sculptor António Teixeira Lopes. In 1891, he visited Italy, and, in 1895, he returned to Lisbon, being appointed professor of Historical Painting at the School of Fine Arts. In 1896 he married Vitorina de Silva Mello, godchild and protégé of the painter Ferreira Chaves. Veloso Salgado excelled particularly in history painting and portraiture, but also practiced other themes. Having already exhibited is works in Lisbon in 1884 and 1887, he exhibited at the Salon de Paris in 1891, and later participated in several competitions and exhibitions, both in Portugal and abroad, receiving numerous awards and distinctions. He died in Lisbon, in 1945.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

José Sobral de Almada-Negreiros (1893-1970)





Bailarinos (MNAC) - Estudos para os frescos da Gare Marítima (MNAC) - Adão e Eva (1936, Museu Abade de Baçal) - Auto-retrato (1948, CAM) - Retrato de Fernando Pessoa (1964, CAM).
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José de Almada-Negreiros nasceu a 7 de Abril de 1893, em S. Tomé e Príncipe, e morreu a 15 de Junho de 1970, em Lisboa. Órfão de mãe desde 1896, viajou para Lisboa com sete anos, indo viver para casa de uma tia materna. Frequentou os estudos primários e liceais em Lisboa, no Colégio Jesuítico de Campolide e no Liceu de Coimbra. No ano de 1912, participou no 1.º Salão do Grupo dos Humoristas Portugueses e, em 1913, sendo aluno da Escola Internacional de Lisboa (desde 1911), apresentou a sua primeira exposição individual, composta por 90 desenhos. Nesta escola conheceu Fernando Pessoa, com quem veio a editar, em 1915, a Revista Orpheu, juntamente com Mário de Sá Carneiro. A partir de então, tornou-se num dos principais representantes do movimento modernista, defendendo Amadeu de Sousa-Cardoso, quando da sua exposição em Lisboa, em 1916. No ano de 1917, juntamente com Guilherme de Santa-Rita, participou no projecto Portugal Futurista e escreveu o Ultimatum às Gerações Futuristas Portuguesas do Século XX. Entre 1919 e 1920, seguiu os estudos de pintura em Paris, redigindo textos e grafismos que viriam a ser célebres. Em 1925, estando em Lisboa, pintou um painel para o café A Brasileira do Chiado. Viveu entre 1927 e 1932 em Espanha, regressando depois para Portugal, onde se casou com a pintora Sara Afonso, de quem teve um filho, José Afonso de Almada Negreiros. Em 1938, Almada concluiu os vitrais para a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, cujo arquitecto fora Pardal Monteiro. Almada-Negreiros destacou-se como um artista e escritor multifacetado, cuja obra apesar de todas as sua diversas formas de expressão, é marcada por traços comuns, como a graciosidade e a irreverência.
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José Sobral de Almada Negreiros (São Tomé e Príncipe, April 7, 1893 - Lisbon, June 15, 1970) was a Portuguese artist. In 1915, along with Fernando Pessoa and Mário de Sá-Carneiro, publishes poems and texts in the Orpheu artistic magazine, which would introduce modernist literature and art in Portugal. This same year Almada Negreiros writes the famous Manifesto Anti-Dantas e por extenso, a humorous attack against a more traditionalist and bourgeois older generation. In 1917, with the scope of introducing to the Portuguese public the Futuristic aesthetics, publishes, together with Santa-Rita Pintor, the Portugal Futurista magazine, writing the Ultimatum Futurista, às gerações portuguezas do século XX ("Futurist ultimatum to the Portuguese generations of the 20th century"). Between the years 1918-20 Almada lives in Paris. In 1920 he returns to Lisbon and in 1925 he produces two paintings for one of the most famous cafés in Lisbon, A Brasileira. In 1927 he goes to Madrid, returning to Portugal only in 1932. In 1933 he married painter Sarah Afonso (1899 – 1983) and they have a son, named José Afonso de Almada Negreiros. Almada Negreiros always called himself a futurist artist, inspired by Marinetti and other modern artists, however his style is wider, and its hardly defined into a category. His work as visual artist extends to tapestry, printmaking, theater and ballet scenography. An important part of his artistic production is literary. He wrote novels, poems, playwrights, essays and manifests that were, in his lifetime, published in books, magazines, newspapers or even low cost booklets and flyers.
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Resumed text from Wikipedia.

domingo, 3 de julho de 2011

Francisco Metrass (1825-1861)

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«O artista plástico Francisco Augusto Metrass nasceu a 7 de fevereiro de 1825 e morreu a 14 de fevereiro de 1861.
Seguiu a carreira artística, contrariando a vontade do pai que preferia vê lo prosseguir uma carreira no comércio. Em 1836 entrou para a Academia de Belas Artes de Lisboa, onde estudou com os mestres Joaquim Rafael e António Manuel da Fonseca. Em 1844 partiu para Roma onde teve como professores os pintores alemães Cornelius e Overbeck, que faziam parte do "Grupo dos Nazarenos", assim conhecidos porque se dedicavam especialmente à pintura religiosa. O primeiro quadro de Metrass com o título "Jesus acolhendo as crianças" foi realizado sob esta inspiração. Continuou a sua viagem por Itália, depois Paris, regressando a Lisboa onde realizou uma exposição nas salas da casa que ocupava no palácio dos condes de Lumiares a S. Roque. Não havendo qualquer reação do público ou da crítica, Metrass regressou a Paris e foi aí que, a partir de 1850, o seu talento começou a ser reconhecido, destacando se, então, não mais com temas religiosos, mas com a pintura histórica. O ano de 1856 trouxe lhe a consagração com um dos seus quadros mais célebres: Só Deus retrata uma cena do dilúvio, onde uma mulher, tendo nos braços uma criança, é arrastada pelas águas. No apogeu do seu talento, e depois de ter pintado uma grande obra histórica intitulada Camões lendo os Lusíadas, uma tuberculose não o deixou ir mas longe: em 1861, aos 36 anos, morreu na ilha da Madeira, deixando a sua obra incompleta».
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Francisco Metrass. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-07-03].
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The artist Francisco Augusto Metrass was born in 1825 ans died in 1861.
In the year of 1836 he entered the Fine Arts Academy in Lisbon where he studied with Joaquim Rafael and António Manuel da Fonseca. In 1844 he went to Rome where he was a pupil of the german painters Cornelius and Overbeck. The first Metrass painting, was made under their influence. He continued traveling through Italy, then he went to Paris. In Paris, after 1850, his talent started to be recognized, specially with historic paintings.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Vieira Portuense (1765-1805)


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Francisco Vieira nasceu no Porto a 13 de Maio de 1765. Não existem muitas referências documentais sobre a sua juventude. Pensa-se que terá aprendido a pintar com o pai e com os pintores João Glama Strobërle (1708-1792) e Jean Pillment (1728-1808) e que terá frequentado a Aula de Debuxo e Desenho do Porto. A aprendizagem no ensino oficial iniciou-se em 1787, quando se inscreveu na Aula Régia de Desenho, em Lisboa. Dois anos mais tarde prosseguiu os estudos em Roma, financiado provavelmente pela Companhia Geral de Agricultura e das Vinhas do Alto Douro.
Nos anos que passou em Roma foi discípulo de Domenico Corvi (1721-1803) e obteve o 1.º prémio de Desenho no concurso da Academia do Nu do Capitólio (1789). Entre Junho de 1793 e 1796 passou uma temporada em Parma para pintar e estudar a obra de Antonio da Corregio (c. 1489-1534). Foi nesta época que conheceu o pintor Thomson, seu futuro companheiro de viagem a Nápoles. Viajou pelos arredores de Parma, Cremona, Colorno e Piacenza, onde o poeta Giampaolo Maggi lhe dedicou um livro. Visitou os centros culturais e artísticos de Itália, da Alemanha e de Inglaterra, que marcaram profundamente o seu trabalho. Fixou-se em Londres a partir de 1789, onde, numa fase inicial, residiu na casa de Mello e Castro. Foi aqui que conheceu o famoso pintor Joshua Reynolds (1723-1792) e o gravador Francesco Bartolozzi (1725-1815). Durante a sua estadia em Londres participou nas edições de 1798 e 1799 da Exposição da Royal Academy of Arts. Em 1799 casou com Maria Fabbri e passou a viver na casa de Bartolozzi, em North End, Fulham.
Em 1800, depois do seu regresso a Portugal, foi contratado como professor da Aula de Desenho da Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto. Entre 1801 e 1802 trabalhou em Lisboa nas ilustrações de uma edição de Os Lusíadas, promovida por D. Rodrigo de Sousa Coutinho (1801-1802). Em 1802 iniciou as suas funções como professor da Aula de Desenho da academia portuense e, em 1803, foi nomeado director da Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto. O pintor adoeceu gravemente em 1805 enquanto pintava o quadro Duarte Pacheco defendendo o passo de Cambalão em Cochim para a Casa das Descobertas do Paço de Mafra. Procurou curar-se no Funchal, mas sem sucesso. Aí faleceu, vítima de tuberculose, a 12 de Maio de 1805.

Resumo do texto da Universidade do Porto.
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Link to the biography in English (Wikipedia).

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

José Simões de Almeida Júnior (1844-1926)





D. Sebastião (1877, MNAC) - Puberdade (1877, MNAC) - O Malmequer (1872, MNAC) - Estátua do Duque da Terceira (1877, Cais do Sodré, Lisboa).
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José Simões de Almeida foi um escultor português que foi aluno de Vítor Bastos. Em 1866, tornou-se no primeiro pensionista de escultura em Paris, juntamente com Soares dos Reis, frequentando o curso de Jouffroy e as aulas de Mercié. Passou também por Roma, regressando a Portugal, em 1872. Foi professor de desenho da Escola de Belas-Artes de Lisboa e posteriormente tornou-se professor de escultura da mesma Escola. Participou na exposição de Paris de 1878 e nas exposições do Grémio Artístico, onde recebeu uma medalha de honra em 1894.
A sua obra pode inserir-se num pré-naturalismo, sendo o autor de D. Sebastião, obra que o tornou famoso em 1874. Colaborou com Alberto Nunes no monumento aos Restauradores, tendo sido ele o autor do Génio da Liberdade. Em 1887, trabalhando em colaboração com o arquitecto José António Gaspar, foi o autor da Estátua do Duque da Terceira. Fez também grupos escultóricos para a fachada do Palácio Castelo Melhor.
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José Simões de Almeida was a Portuguese artist that studied with Vítor Bastos. In 1866, he went to Paris to study sculpture, becoming a pupil of Jouffroy and Mercié. Spending some time in Rome, he returned to Portugal in 1872. He worked at the Lisbon Academy of Art, where e teached drawing and sculpture. One of his best works is D. Sebastião (1874).
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Bibliografia / Bibliography:
José-Augusto França, A Arte em Portugal no Século XIX, Vol. I e II, Lisboa, Bertrand Editora, 1990.