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domingo, 9 de junho de 2024

Lima de Freitas (1927-1998)

Sem Título (1948, Centro de Arte Moderna Gulbenkian, Lisboa - https://gulbenkian.pt/cam/works_cam/stitulo-148518/)
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Sem Título (1957, Lima de Freitas, 1957, Museu do Neo-Realismo, Vila Franca de Xira, via A.Muse.Arte - https://amusearte.hypotheses.org/10999#more-10999)

Músicos (1961, via Palácio do Correio Velho - https://amusearte.hypotheses.org/10999#more-10999)
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O Terceiro Olho (1981, Centro de Arte Moderna Gulbenkian, Lisboa - https://gulbenkian.pt/cam/works_cam/o-terceiro-olho-148522/)
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Paisagem (1997, via Centro Português de Serigrafia - https://www.cps.pt/pt/loja/es042)
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José Lima de Freitas nasceu em Setúbal a 22 de Junho de 1927, tendo a sua família mudado depois para Évora, onde ele estudou no Liceu Garcia de Resende. Em 1945, começou a frequentar a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, onde estudou Arquitetura. No ano de 1946, aderiu ao Neorrealismo, vindo a desempenhar um papel importante nesse movimento, quer através da sua obra plástica, quer através da escrita. Viveu em Paris, entre 1954 e 1959. Em 1964, mudou-se para Aarhus, na Dinamarca; regressando a Portugal em 1965, onde, mais tarde (1967), conheceu Almada Negreiros. Nos anos 80, produziu uma série de obras que denominou Mitolusismos, em que desenvolveu a temática dos mitos nacionais. Como ilustrador, colaborou com editoras norte-americanas, ilustrou romances de J. Conrad (Nova Iorque), Afonso Schmidt (Varsóvia) e inúmeros contos em revistas francesas, alemãs, espanholas, brasileiras, sobressaindo também, por exemplo, as ilustrações para Os Lusíadas e para a Lírica de Luís de Camões. Como pintor, a sua obra evoluiu por um caminho espiritual, dentro de uma simbólica visionária e esotérica, ligado ao Realismo Fantástico. Expôs coletivamente desde 1946, na Sociedade Nacional de Belas-Artes e Fundação Calouste Gulbenkian, na II Bienal de S. Paulo, etc. Individualmente, realizou exposições desde 1950, também na Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, mas igualmente em Évora, no Porto e em Madrid. Foi Diretor-Geral da Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura e diretor e professor no IADE (Escola de Arte e Design), de 1969 a 1972. Foi ainda Presidente da Comissão Instaladora do Teatro Nacional D. Maria II, que reabriu as portas ao público em 1978, após longos anos de encerramento. Publicou textos em jornais e livros, sendo exemplo a obra Almada e o número (1977). Faleceu em Lisboa, a 5 de Outubro de 1998.
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Bibl.: Teresa Lousa, «Lima de Freitas» (2019), in Gerações Hispânicas [https://fabricadesites.fcsh.unl.pt/ghispanicas/2019/05/08/lima-de-freitas/]; Wikipédia [https://pt.wikipedia.org/wiki/Lima_de_Freitas]
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José Lima de Freitas was born in Setúbal on June 22, 1927, but his family moved later to Évora, where he studied at the Liceu Garcia de Resende. In 1945, he began attending the Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, where he studied Architecture. In 1946, he joined Neorealism, playing an important role in this movement, both through his plastic work and through writing. He lived in Paris between 1954 and 1959. In 1964, he moved to Aarhus, Denmark; returning to Portugal in 1965, where, later (1967), he met Almada Negreiros. In the 1980s, he produced a series of works that he called Mitolusismos, in which he developed the theme of national myths. As an illustrator, he collaborated with North American publishers, illustrated novels by J. Conrad (New York), Afonso Schmidt (Warsaw) and countless short stories in French, German, Spanish and Brazilian magazines, also highlighting, for example, the illustrations for Os Lusíadas and for the Lírica of Luís de Camões. As a painter, his work evolved along a spiritual path, within a visionary and esoteric symbolism, linked to Fantastic Realism. He has exhibited collectively since 1946, at the Sociedade Nacional de Belas-Artes and Fundação Calouste Gulbenkian, at the II Bienal de S. Paulo, etc. Individually, he has held exhibitions since 1950, at the Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisbon, but also in Évora, Porto and Madrid. He was General Director of Cultural Action at the State Secretariat for Culture, director and professor at IADE (School of Art and Design), from 1969 to 1972. He was President of the Installation Committee of the D. Maria II National Theater, which reopened its doors to public in 1978, after long years of closure. He published texts in newspapers and books, an example being the work Almada e o numero (1977). He passed away in Lisbon, on October 5, 1998.