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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Joaquim Machado de Castro (1731-1822)

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A Gratidão (Palácio Nacional da Ajuda).
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Cascata dos Poetas nos jardins da Quinta do Marquês de Pombal (Oeiras)
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Fonte de Neptuno do Chafariz do Loreto (atualmente no Largo D. Estefânia).
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Joaquim Machado de Castro (1731-1822), nasceu em Coimbra, filho de Manuel Machado Teixeira, organeiro e escultor. Começou por estudar com os Jesuítas, em Coimbra, de quem recebeu uma cultura humanista. Em 1746 foi para Lisboa, onde trabalhou na oficina do santeiro Nicolau Pinto, passando depois pelo atelier de José de Almeida, que frequentara a Academia de Portugal em Roma. Em 1756, ingressou na chamada «Escola de Mafra», tornando-se assistente de Giusti. No ano de 1771, era incumbido de esculpir a Estátua Equestre de D. José, destinada à Praça do Comércio, projectada por Eugénio dos Santos. A estátua foi inaugurada em 1775 e, posteriormente, foi chamado a coordenar o programa escultórico da Basílica da Estrela. Entretanto foi autor da estátua de Neptuno do chafariz concebido para o Largo das Duas Igrejas, e que se encontra desde 1925 no Largo D. Estefânia. A partir daí recebeu outras encomendas da corte, nomeadamente túmulos e monumentos régios. Entre essas encomendas, destacamos a estátua de D. Maria I, oferecida à Biblioteca Nacional. Machado de Castro era escultor oficial desde 1782, sendo então convidado a fazer uma estátua de D. João VI para o Rio de Janeiro. Em 1802, foi nomeado para dirigir o programa escultórico para o Palácio da Ajuda, sendo autor de três peças: Conselho, Generosidade e Gratidão. Foi o primeiro escultor português a escrever sobre escultura, demonstrando preocupação na nobilitação da arte e dos artistas. A sua obra mais vasta é a Descrição analítica da Estátua Equestre, sendo ainda de nomear o Dicionário de Escultura (inédito até 1937). É de referir a sua actividade como escultor em barro, de pequeno formato, nomeadamente para figuras de presépios. O presépio barroco desenvolveu-se na época de D. João V, com possível influência italiana, sendo frequentemente um trabalho colectivo. Alguns presépios destacam-se pela sua monumentalidade, como o da Basílica da Estrela que contava com cerca de quinhentos figurantes.
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Bibl.: José Fernandes Pereira, «O Barroco do Século XVIII», in Paulo Pereira (Dir.), História da Arte Portuguesa, Vol. III, Lisboa, Temas & Debates, 1996, pp. 51-181; José Fernandes Pereira, «Joaquim Machado de Castro», in 2005, pp. 127-135.
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Joaquim Machado de Castro (1732-1822) was born in Coimbra, son of Manuel Machado Teixeira. In 1746 he went to Lisbon, where he worked with other sculptors, such as Nicolau Pinto and José de Almeida. Ten years later, in 1756, he started to work in Mafra with the italian artist Giusti. In the year of 1771, he was chosen to sculpt the statue of the king D. José for the Praça do Comércio in Lisbon. After that moment, he was invited to make other works for the Portuguese Courts, as well as for public places. He was the first Portuguese sculptor that wrote about his art, including a «Sculpture Dictionary».  He was also widely known for his ceramic figures, for the «Presépios» (Nativity scenes).

terça-feira, 3 de maio de 2011

Vieira Portuense (1765-1805)


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Francisco Vieira nasceu no Porto a 13 de Maio de 1765. Não existem muitas referências documentais sobre a sua juventude. Pensa-se que terá aprendido a pintar com o pai e com os pintores João Glama Strobërle (1708-1792) e Jean Pillment (1728-1808) e que terá frequentado a Aula de Debuxo e Desenho do Porto. A aprendizagem no ensino oficial iniciou-se em 1787, quando se inscreveu na Aula Régia de Desenho, em Lisboa. Dois anos mais tarde prosseguiu os estudos em Roma, financiado provavelmente pela Companhia Geral de Agricultura e das Vinhas do Alto Douro.
Nos anos que passou em Roma foi discípulo de Domenico Corvi (1721-1803) e obteve o 1.º prémio de Desenho no concurso da Academia do Nu do Capitólio (1789). Entre Junho de 1793 e 1796 passou uma temporada em Parma para pintar e estudar a obra de Antonio da Corregio (c. 1489-1534). Foi nesta época que conheceu o pintor Thomson, seu futuro companheiro de viagem a Nápoles. Viajou pelos arredores de Parma, Cremona, Colorno e Piacenza, onde o poeta Giampaolo Maggi lhe dedicou um livro. Visitou os centros culturais e artísticos de Itália, da Alemanha e de Inglaterra, que marcaram profundamente o seu trabalho. Fixou-se em Londres a partir de 1789, onde, numa fase inicial, residiu na casa de Mello e Castro. Foi aqui que conheceu o famoso pintor Joshua Reynolds (1723-1792) e o gravador Francesco Bartolozzi (1725-1815). Durante a sua estadia em Londres participou nas edições de 1798 e 1799 da Exposição da Royal Academy of Arts. Em 1799 casou com Maria Fabbri e passou a viver na casa de Bartolozzi, em North End, Fulham.
Em 1800, depois do seu regresso a Portugal, foi contratado como professor da Aula de Desenho da Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto. Entre 1801 e 1802 trabalhou em Lisboa nas ilustrações de uma edição de Os Lusíadas, promovida por D. Rodrigo de Sousa Coutinho (1801-1802). Em 1802 iniciou as suas funções como professor da Aula de Desenho da academia portuense e, em 1803, foi nomeado director da Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto. O pintor adoeceu gravemente em 1805 enquanto pintava o quadro Duarte Pacheco defendendo o passo de Cambalão em Cochim para a Casa das Descobertas do Paço de Mafra. Procurou curar-se no Funchal, mas sem sucesso. Aí faleceu, vítima de tuberculose, a 12 de Maio de 1805.

Resumo do texto da Universidade do Porto.
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Link to the biography in English (Wikipedia).