quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Dordio Gomes (1890-1976)

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Paisagem (1932, Colecção da Sociedade Martins Sarmento).
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Paisagem do Douro (1936, Centro de Arte Moderna, Lisboa).
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Natural de Arraiolos, estudou em Lisboa, onde foi discípulo de Veloso Salgado. Em 1910, partiu como bolseiro para Paris, onde ficou até 1912, sendo aluno de J. P. Laurens. Interrompida a bolsa, voltou para a sua terra natal, mas regressou a França no início dos anos 20, fazendo depois uma série de viagens que o levariam também à Bélgica, Holanda e Itália. Foi um dos Cinco Independentes de 1923 (SNBA). Em 1926 instalou-se de novo em Arraiolos, mas foi viver para o Porto em 1933, comprometendo-se na modernização do ensino artístico na escola portuense. Pintor que, numa primeira fase, dedicou-se ao tema da paisagem alentejana, dentro do Naturalismo, influenciado por Malhoa e Columbano, desenvolveu depois uma tendência mais ligada ao Expressionismo, que se nota sobretudo em Casas de Malakoff (1923). As Éguas da Manada (1929, Museu do Chiado) recriam a paisagem do Alentejo natal, sugerindo a influencia de Franz Marc.
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Born in Arraiolos, he studied in Lisbon, where he was a disciple of Veloso Salgado. He went to Paris on two scholarships, one before and one after the First World War, and took a series of trips to Belgium, Holland and Italy. He was one of the Five Independents of 1923 (National Society of Fine Arts), an exhibition which was key to asserting modernism in Lisbon. In 1926 he returned to Arraiolos before settling in Oporto (1933), where he was a renowned professor at the Academy of Fine Arts. As a painter, his early work focuses on Alentejo landscapes, in a naturalist style, before developing his poetics under the influence of Cézanne; his most famous works (in particular Casas de Malakoff [“Malakoff’s Houses”] (1923, Oporto, National Museum of Soares dos Reis)) show an openness to more inventive expressionist dramatization, which, however, was not followed up in his later work.

Bibliografia/ Bibluography
Fernando Dias, Ecos Expressionistas na Pintura Portuguesa (1910-1940), Vol. I, Dissertação de Mestrado, FCSH-UNL, 1996; José-Augusto França, A Arte em Portugal no Século XX, 1911-1961, Lisboa, Bertrand Editora, 1991; Rui Mário Gonçalves, 100 Pintores Portugueses do Século XX, Lisboa, Publicações Alfa, 1986; Raquel Henriques da Silva, «Sinais de Ruptura: “Livres e Humoristas”», in História da Arte Portuguesa, Do Barroco à Contemporaneidade, Temas e Debates, 1995, pp. 369-405.

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