quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

José Malhoa (1855-1933)

À Sombra da Parreira (Museu Grão Vasco).
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Lendo o jornal (1905, Museu José Malhoa).
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Paisagem (Figueiró dos Vinhos) (1908, Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves).
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O Fado (1910, Museu da Cidade de Lisboa).
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Retrato de minha mulher (1914, Museu do Chiado - MNAC).
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José Malhoa nasceu nas Caldas da Rainha em 1855. Foi estudar para Lisboa aos 8 anos e aos 12 entrou na Real Academia de Belas Artes de Lisboa, onde foi discípulo de Miguel Ângelo Lupi e Tomás da Anunciação. Conclui o curso em 1875 e concorreu a pensionista do estado no estrangeiro por duas vezes, mas ambos os concursos foram anulados. Desiludido, partiu “pincéis e paleta”e empregou-se como caixeiro na loja de confecções do irmão. Ao fim de seis meses, porém, começou a pintar A Seara Invadida, que apresentou numa exposição em Madrid, obtendo grande sucesso. Decidiu abandonar a loja, para se dedicar definitiva e exclusivamente à pintura. Foi um dos fundadores do Grupo de Leão, criado em 1880. Os quadros de ar livre dos anos 80, mais luminosos e de colorido mais intenso, demonstram que se abria à estética de Barbizon – introduzida em Portugal por Silva Porto – apesar de nunca lá ter estado. Dentro desse espírito naturalista começava o longo percurso de exaltação da cor e da luz de Portugal, que iria marcar a sua obra no resto da sua vida. Ainda nos anos 80 instalou em Figueiró dos Vinhos a sua segunda residência – “O Casulo” – onde realizou grande parte das cenas rurais que o celebrizaram. Malhoa foi pintor de paisagens, cenas de género ou de costumes, retratos e nus. Raramente pintou a paisagem pela paisagem. Recebeu encomendas de composições históricas para diversos locais entre outros, para o Supremo Tribunal de Lisboa, a Câmara Municipal de Lisboa, o Palacete Lambertini, o Palácio Burnay e o Museu de Artilharia de Lisboa. Além dos retratos das gentes do povo que figuram nos quadros de género, pintou inúmeros retratos da aristocracia. O Retrato de Laura Sauvinet (Museu de José Malhoa), uma sua aluna, realizado em 1888, foi por ele considerado a sua obra-prima. Expôs em Portugal desde 1880 e participou regularmente em exposições no estrangeiro. Foi presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes desde 1918 e foi condecorado inúmeras vezes. Realizou-se uma exposição retrospectiva da sua obra em Lisboa, em 1928, tendo-lhe então sido erigido um busto numa homenagem prestada nas Caldas da Rainha. Viu em vida avançar o projecto de um museu com o seu nome, que seria inaugurado seis meses após a sua morte. Morreu em Figueiró dos Vinhos a 26 de Outubro de 1933.
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Texto baseado no da Matriznet (IMC - Instituto dos Museus e da Conservação).
José Malhoa was a Portuguese painter, that was, like Columbano Bordalo Pinheiro, one of the leading name in Portuguese naturalist painting, in the second half of the 19th century. He painted often popular scenes and subjects, like his two most famous paintings, The Drunks (1907) and Fado (1910). He always remained faithful to the naturalist style, but in some of is works there are impressionist influences, like in his Autumn (1918), that can be considered as an "impressionist exercise".
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Based on the article of Wikipedia.
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Sobre este artista recomenda-se a obra de Nuno Saldanha, José Malhoa- Tradição e Modernidade, editado pela Scribe (9789898410047).

5 comentários:

  1. Tudo tão bonito, Margarida!
    A primeira tela é linda e hoje revejo-me nela.
    Há sempre uma história num quadro que de algum modo se relaciona com a nossa.
    Obrigada!
    Beijinho.

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  2. O José Malhoa foi um excelente pintor. Bjs!

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  3. Malhoa, é o maior pintor da tradição portuguesa.

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  4. Muito bem encontrada a síntese sobre o valor de Malhoa-pintor:
    "exaltação da cor e da luz de Portugal"!
    "Apanha-me" assim, com essa luz essas cores! E sempre com um movimento expressivo das figuras -são gente!!!

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