Capela-mor da Igreja do Mosteiro de São Marcos de Coimbra - Retábulo de Nicolau de Chanterene (1522-1523, Tentúgal)
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Capela de S. João Batista, Igreja de S. Francisco (c. 1530, Porto)
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Igreja (Colégio) da Graça (1543, Coimbra)
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Portal do Colégio de São Tomás (1547, Museu Nacional Machado de Castro, Coimbra)
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Claustro do Colégio de S. Jerónimo (1565, Coimbra)
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Diogo de Castilho, natural da Cantábria, era irmão mais novo de João de Castilho, com o qual trabalhou no início de carreira. Foi casado com Isabel Ilharco, filha de um negociante de ferro. Veio para Portugal talvez ainda antes de 1509 e durante dois anos esteve envolvido com João de Castilho nas obras da capela-mor da Sé de Braga. A sua formação Gótico-manuelina prosseguiu em Lisboa ao trabalhar na construção do Mosteiro dos Jerónimos (1517), assumindo depois a responsabilidade da construção dos túmulos de D. Afonso Henriques e D. Sancho I na igreja do Mosteiro de Santa Cruz, Coimbra, cuja concepção geral lhe é atribuída. Realizou, então, empreitadas nas regiões do Porto e de Coimbra (Tentúgal e Góis). Em 1524 foi nomeado mestre das obras dos Paços Reais de Coimbra; sete anos mais tarde foi instituído no cargo de mestre pedreiro (arquiteto e empreiteiro) das obras do Mosteiro de Santa Cruz (1531/1547). Ficou também associado à implantação da universidade de Coimbra, sendo responsável pela concepção e edificação de vários colégios localizados na Rua da Sofia (ou da Sabedoria), nomeadamente o emblemático Colégio da Graça, fundado em 1543, que serviu de matriz para os que se lhe seguiram. Em 1547, D. João III nomeou-o cavaleiro da Casa Real. A sua obra inicial liga-se ao Manuelino, de que podem citar-se como exemplos o coro-alto de Santa Cruz, as capelas-mor da Igreja Matriz de Góis e da Igreja do Mosteiro de São Marcos, ou a capela de São João Baptista na Igreja de São Francisco, do Porto. Afirmou-se depois no quadro de valores do Renascimento, que se encontram nos colégios universitários de Coimbra, como o Colégio da Graça, cujo claustro começou a ser edificado cerca de 1548, onde utilizou a ordem jónica (recomendada para edifícios de letrados no tratado de Sebastiano Serlio).
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Cf. Wikipédia e Portugal Dicionário Histórico. Ver também: Maria de Lurdes Craveiro, Diogo de Castilho e a Arquitectura da Renascença em Coimbra, Universidade de Coimbra, 1990 (Dissertação de Mestrado).
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Diogo de Castilho, a native of Cantabria (Spain), was the younger brother of João de Castilho, with whom he worked at the beginning of his career. He was married to Isabel Ilharco, daughter of an iron merchant. He came to Portugal in 1509 and for two years was involved with João de Castilho in the works of the main chapel of the Cathedral of Braga. His Gothic-Manueline formation continued in Lisbon as he worked on the construction of the Jeronimos Monastery (1517), later assuming responsibility for the construction of the tombs of D. Afonso Henriques and D. Sancho I in the church of the Monastery of Santa Cruz, Coimbra. It then carried out works in the regions of Porto and Coimbra (Tentúgal and Góis). In 1531 he was instituted as master mason (architect and contractor) of the works of the Monastery of Santa Cruz (until 1547). It was also associated with the implantation of the University of Coimbra, and was responsible for the design and construction of several colleges located in Rua da Sofia (or Wisdom), namely the emblematic Colégio da Graça, founded in 1543, which served as a matrix for those who followed. In 1547, King John III appointed him knight of the Royal House.
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