domingo, 19 de maio de 2024

Fernando Lemos (1926-2019)

Eu (Auto-Retrato) (1949, Centro de Arte Moderna Gulbenkian, Lisboa)
Luz Teimosa (1949, Colecção Berardo)
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Série 1 - n.º 8 (1960, Centro de Arte Moderna Gulbenkian, Lisboa)
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Série Memórias n.º 9 (1983, Centro de Arte Moderna Gulbenkian, Lisboa)
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Sem Título (1997, fot. Horst Merkel, in Enciclopédia Itaú Cultural)
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José Fernandes de Lemos nasceu, em Lisboa, em 1926, e morreu a 18 de dezembro de 2019 em São Paulo, no Brasil. A sua atividade abarcou diversas áreas de expressão artística, como a pintura, desenho, fotografia, gravura, artes gráficas e poesia. Estudou pintura e litografia na Escola de Artes Decorativas António Arroio e, depois, pintura na Sociedade Nacional de Belas Artes, de Lisboa. Aos 18 anos começou a trabalhar como desenhador de publicidade. A sua actividade na fotografia decorreu sobretudo a partir de 1946, recorrendo a processos utilizados na fotografia surrealista (sobreposição, dupla exposição, manipulação do negativo, solarização, entre outros). Expôs pela primeira vez na Casa Jalco (1952), em Lisboa, conjuntamente com Marcelino Vespeira e Fernando Azevedo;  em 1953, na Galeria de Março, também em Lisboa, expôs individualmente o seu trabalho fotográfico na mostra Fotografia de Várias Coisas. Em 1953, descontente com o regime salazarista, mudou-se para São Paulo (Brasil), naturalizando-se brasileiro cerca de 1960.  Dedicou-se então à pintura, ilustração, tapeçaria e ao design. Em 1955, ganhou o prémio viagem da Fundação Bienal de São Paulo (3.a Bienal) e viajou pela Europa. Em 1962, recebeu uma bolsa de estudos para o Japão, patrocinada pela Fundação Calouste Gulbenkian. Na sua atividade como poeta e escritor integrou a redação do jornal Portugal Democrático, dedicado aos exilados políticos no Brasil, entre 1955 e 1975. Dedicou se, também, à escrita de poesia e, em 1985, publicou o livro intitulado Cá & Lá. Na pintura, evoluiu do abstracionismo geométrico (anos 70) para uma pintura enraizada na fantasia e no lirismo. Auferiu o Prémio Anual de Fotografia, concedido pelo Centro Português de Fotografia (Porto), em 2001. Representado em diversas colecões nacionais e internacionais, «permanecerá na história da arte portuguesa do século XX, como um dos seus representantes mais vanguardista, multifacetado e talentoso» (Emília Tavares).
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Porto Editora – Fernando Lemos na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-05-19 10:59:40]. Disponível em https://www.infopedia.pt/$fernando-lemos; Emília Tavares, in MNAC, Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado [http://www.museuartecontemporanea.gov.pt/pt/artistas/ver/84/artists]
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José Fernandes de Lemos was born in Lisbon in 1926 and died on December 18, 2019 in São Paulo, Brazil. His activity encompassed several areas of artistic expression, such as painting, drawing, photography, engraving, graphic arts and poetry. He studied painting and lithography at the Escola de Artes Decorativas António Arroio and, later, painting at the Sociedade Nacional de Belas Artes, in Lisbon. At the age of 18 he began working as an advertising designer,. His activity in photography took place mainly from 1946 onwards, using processes used in surrealist photography (superimposition, double exposure, negative manipulation, solarization, among others). He exhibited for the first time at Casa Jalco (1952), in Lisbon, together with Marcelino Vespeira and Fernando Azevedo. In 1953, at Galeria de Março, also in Lisbon, he exhibited his photographic work individually in the Photography of Various Things exhibition. Also in 1953, unhappy with the Salazar regime, he moved to São Paulo (Brazil), becoming a naturalized Brazilian around 1960. He then dedicated himself to painting, illustration, tapestry and design. In 1955, he won the São Paulo Biennial Foundation's travel prize (3rd Biennale) and traveled across Europe. In 1962, he received a scholarship to Japan, sponsored by the Calouste Gulbenkian Foundation. In his activity as a poet and writer, he was part of the editorial staff of the newspaper Portugal Demático, dedicated to political exiles in Brazil, between 1955 and 1975. He also dedicated himself to writing poetry and, in 1985, published the book entitled Cá & Lá. In painting, he evolved from geometric abstractionism (70s) to a painting rooted in fantasy and lyricism. He won the Annual Photography Prize, granted by the Portuguese Photography Center (Porto), in 2001. Represented in several national and international collections, «he will remain in the history of Portuguese art of the 20th century, as one of its most avant-garde, multifaceted and talented representatives » (Emília Tavares).

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