sábado, 29 de março de 2014

Stuart Carvalhais (1887-1961)

Ilustração Portugueza, n. º 543, 17 de Julho de 1916
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Senhora de vestido verde (1925, Museu Dr. Joaquim Manso)
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Emigrantes (Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea)
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José Herculano Stuart Torrie d'Almeida Carvalhais nasceu em Vila Real, a 7 de Março de 1887. Foi no Alentejo que realizou os seus primeiros estudos, tendo sido aluno do Liceu de Évora. Por volta de 1900 foi para Lisboa, onde frequentou o Real Instituto (1901-1903) e cerca de 1905, trabalhou no estúdio de Jorge Colaço. Este era director da publicação O Século - Suplemento Humorístico, na qual, em 1906, Stuart se estreou como caricaturista. Começou a também a trabalhar como repórter fotográfico e ilustrador, sendo também em 1906 que fez a sua primeira incursão na banda desenhada, com "As Aventuras de Dois Meninos no Bosque". Em 1909 trabalhou no Salão Foz, um pequeno teatro que existia perto do Palácio Foz, onde foi palhaço e fazia caricaturas dos espectadores. Dois anos depois, em 1911, tornou-se director do periódico A Sátira, e, nos anos seguintes participou nos primeiros Salões dos Humoristas (1912 e 1913). Em 1913, esteve em Paris, cidade onde colaborou no Gil Blas e encontrou Amadeu de Sousa Cardoso, Almada Negreiros, Santa Rita e José Pacheco, entre outros artistas portugueses, que lá estavam nesse tempo. Regressado a Portugal, devido à Primeira Guerra Mundial, tornou-se director de ABC a Rir. Foi em 1915, n'O Século Cómico, que surgiram as "histórias aos quadradinhos" de Quim e Manecas. Em 1920 voltou a participar no Salão dos Humoristas, e em 1922, iniciou uma colaboração com a editora discográfica Valentim de Carvalho fazendo capas de discos. Em 1925 e 1926, começou a trabalhar para o Diário de Notícias e o Sempre Fixe, consolidando ao longo dos anos seguintes uma carreira artística consagrada sobretudo à caricatura e à ilustração, mas também à pintura. Morreu em Lisboa, a 2 de Março de 1961.
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Cf. José Pedro Cavalheiro, «José Stuart Carvalhais (1887-1961)», 19-9-2009. in Tipografos.net; Paulo Heitlinger, «Stuart»in Colecção Designers Portugueses; «Stuart Carvalhais». In Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2014; «Stuart Carvalhais». In Wikipedia.
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José Herculano Stuart Torrie d'Almeida Carvalhais was born in Vila Real on March 7, 1887. His first studies were conducted in Alentejo, at Évora's High School. Around the year 1900 he went to Lisbon, where he enrolled at the Royal Institute (1901-1903), and around 1905 we was working at Jorge Colaço's studio. This artist was at the time running the humoristic supplement of the O Século magazine, at which Stuart debuted in 1906 as a caricature cartoonist. He also began his work as a photo reporter and illustrator, and yet also in 1906 he made his first try at comics, with As Aventuras de Dois Meninos no Bosque - "Two kids' adventures at the woods" . In 1909 we worked at the Salão Foz, a small theater near the Foz Palace, where he played a clown and caricaturized the viewers. A couple of years later, he became manager of the journal A Sátira, and in the following years he participated in the first Salões dos Humoristas (1912 and 13). In 1913, he was in Paris collaborating at the Gil Blas and found Amadeu de Sousa Cardoso, Almada Negreiros, Santa Rita and José Pacheco, among other portuguese artists living in Paris at the time. Back to Portugal because of the First World War, he became manager of the magazine ABC a Rir. In 1915, at the O Século Cómico, the first Comic stories of Quim and Manecas appeared. In 1920 he participated once again at the Salão dos Humoristas and in 1922 he began working for the music record editor Valentim de Carvalho making vinyl disks' covers. In 1925 and 26, he began working to the daily newspaper Diário de Notícias and for the Sempre Fixe magazine, building over the following years and decades an artistic career focused mainly on cartooning and illustrating, but also in painting. He died in Lisbon, on March 2nd, 1961.

sábado, 1 de março de 2014

Artur Loureiro (1853-1932)

Campina romana (1878, Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea)
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O repouso da artista (1882, Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea)
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Paisagem (Auvers-sur-Oise) (1883, Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea)
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Barcos (Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea)
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Retrato de Senhora (1904, Museu Nacional Soares dos Reis)
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Artur de Sousa Loureiro nasceu no Porto a 11 de Fevereiro de 1853. Era filho mais novo do médico Francisco Loureiro e irmão do jornalista Urbano Loureiro. Começou a estudar desenho e pintura com o mestre e amigo António José da Costa. Entrou em 1871 para a Academia Portuense de Belas Artes, onde foi aluno de João António Correia, sendo colega de Marques de Oliveira, Sousa Pinto e Silva Porto. Em 1875, com o apoio de Delfim Guedes, mais tarde Conde de Almedina, viajou para a Itália para continuar os estudos, tornando-se sócio do Círculo Artístico de Roma, em 1876. No ano de 1879, em Lisboa, venceu o concurso oficial para bolseiro de pintura de paisagem, em Paris. Nessa cidade frequentou o atelier de Cabanel, tornando-se companheiro de Columbano, Sousa Pinto, António Ramalho e Pousão. Em Paris conheceu a sua primeira mulher, Marie Huybers, uma senhora australiana de origem belga e também ela pintora, de quem teve dois filhos. Participou nos Salons de 1880, 1881 e 1882. Depois de casado, partiu com a mulher para a Austrália, onde se fixou em 1885, após uma curta estadia em Londres. Nesse país fez parte da Australian Art Association (1885), foi professor na Presbyterian Ladies Academy e foi inspetor da Galeria Nacional da Cidade de Vitória. Em 1899, recebeu a Medalha de Ouro na Exposição Internacional de Londres. Em 1904 regressou para o Porto, abrindo um atelier-escola no Palácio de Cristal. Casou pela segunda vez, em 1918, com Elisa Fernanda de Sousa Pires. Expôs na Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa (1920), na Galeria da Misericórdia do Porto (1923) e no Salão Silva Porto (1929). Um auto-retrato do pintor apresentado neste último certame foi comprado pelo Museu dos Uffizi, de Florença. Morreu em 7 de Julho de 1932 em Terras de Bouro, no Gerês.
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Artur Jose Loureiro (1853-1932), painter, was born on 11 February 1853 at Oporto, Portugal, son of Francisco José de Souza Loureiro. He studied painting at the Fine Arts Academy of Oporto and in 1875 his talent was recognized by Count d'Almedina, under whose patronage he studied in Rome. He returned to Lisbon in 1879 and won the Portuguese government's art scholarship, given every five years to assist artists to study abroad. Living in Paris and studying at the Ecole des Beaux-Arts under Alexandre Cabanel, he exhibited at the salon in 1880, 1881 and 1882. He also met Marie Huybers and married her; they had one son and one daughter. He travelled to London and in 1884 he went to Melbourne. For most of his time in Melbourne, Loureiro was 'Professor of Design' at the Presbyterian Ladies' College. In 1899 Loureiro won a gold medal at London and in 1900 a third-class medal in Paris. In 1901 he returned to Oporto, set up a teaching studio and exhibited landscapes and seascapes. Some of his work was shown in 1920 at the National Society of Fine Arts Gallery and in 1923 at a commemorative exhibition on his artistic jubilee. In 1929 a collection of his best works was exhibited at the Salon of Silva Porto and the Uffizi Gallery acquired a self-portrait. Attracted by its beautiful landscapes, he went to Gerez, but he died suddenly on 7 July at Terras de Bouro.
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Cf. Suzanne G. Mellor, «Loureiro, Artur Jose (1853–1932)», in Australian Dictionary of Biography.