quarta-feira, 20 de abril de 2016

Helena Almeida (n. 1934)

Sem título (1972)
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Pintura habitada (1975, CAM)
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Desenho habitado (1977, CAM)
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Voar (fragmento) (2001)
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Maria Helena de Castro Neves de Almeida (n. 1934) é uma artista plástica, nascida em Lisboa, filha do escultor Leopoldo de Almeida. Fez o curso de pintura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (terminado em 1955). Estudou em Paris, com bolsa de estudo, a partir de 1964. Expôs individualmente em 1967, na Galeria Buchholz, em Lisboa – seguindo-se depois numerosas exposições e participações em exposições, em Portugal e no estrangeiro. A sua obra baseia-se sobretudo na fotografia, que cruza com o desenho, a pintura, a performance e a escultura – usando fio de crina na concepção de desenhos tridimensionais. Desde 1969, os seus temas centram-se sobretudo na autorrepresentação, não como auto-retrato, mas como meio de questionar a relação entre o artista e a sua obra, ultrapassando os limites da arte bidimensional e tradicional. Nas suas palavras: "O meu trabalho é o meu corpo, o meu corpo é o meu trabalho." É casada com o arquitecto Artur Rosa que colaborou na concretização dos seus trabalhos. A artista representou Portugal na Bienal de São Paulo, Brasil (1979), na Bienal de Veneza (1982 e 2005) e na Bienal de Sidney (2004). Obteve o Prémio AICA, em 2004.
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Helena Almeida was born in Lisbon in 1934 and she is the daughter of the sculptor Leopoldo de Almeida (1898-1975). In 1955, she completed the painting course at the School of Fine Arts in Lisbon. She married architect Artur Rosa that later helped her with her work. In 1964 she obtained a scholarship and moved to Paris. Almeida exhibited for the first time in 1967, in Lisbon. Starting in 1969 Almeida defined a new aspect of her work, the desire for self-representation, in an exhibit which became the basis of her future work. She exhibited a black and white photograph of herself wearing a canvas. This photograph asserted her belief in "identifying herself with the being of her work." Almeida avoids creating self-portraits. Rather, "My work is my body, my body is my work." In the early 70's Almeida returned to three dimensional sketching, with drawings that use horsehair threads and appear to jump off the page. She refers to this work as "painting outwards." In this process she worked without an easel or canvas.
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