segunda-feira, 11 de abril de 2011

Domingos Sequeira (1768-1836)

São Bruno em Oração (1799-1800, MNAA).
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Coroação da Virgem (c. 1830, MNAA).
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Domingos António do Espírito Santo nasceu em Belém, em 1768. O nome Domingos Sequeira  foi adoptado com cerca de dezassete anos de idade e vinha de um padrinho rico que tinha esse apelido. Frequentou, em Lisboa, a Aula de Desenho "do Rocha" e pintou tectos de palacetes. Foi protegido pela família Marialva, conseguindo de João António Pinto da Silva, guarda-jóias da rainha, uma pensão para ir a Roma, em 1788. Nessa cidade foi aluno de Cavallucci, Della Picola e Domenico Corvi. Em 1793, foi admitido como académico de mérito na Academia de São Lucas. No regresso a Portugal, viajou por Florença, Milão e Veneza, onde apreciou as obras de Tiépolo e Veronese. Chegou a Portugal entre 1795 e 1796, onde recebeu algumas encomendas, entre as quais os desenhos para o Álbum da Sopa de Arroios. Contudo estava desalentado com o pouco apreço que recebia, entrando como noviço no Convento das Laveiras, da Ordem dos Cartuxos, onde ficou durante três anos. Em 1802 saiu do Convento e foi nomeado «primeiro pintor da camara e da corte», passando a dirigir as pinturas da Ajuda. Em 1805, foi nomeado para a direcção da Academia portuense, mas foi forçado a regressar a Lisboa devido às invasões francesas. Aderiu ao liberalismo e depois da Revolução Liberal fez o retratos dos constituintes e uma Alegoria à Constituição. Contudo, com o regresso ao absolutismo, decidiu abandonar Portugal, viajando para Londres e Paris. Em 1825, foi para Roma onde acabou por falecer, cerca de dez anos depois.
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Bibliografia: José Fernandes Pereira, «O Neoclássico», in História da Arte Portuguesa, Vol. III, Temas & Debates, 1995.
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