Sem Título (1935, Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa)
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Sabat - Dança de Roda (1936, Museu do Chiado - Museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa)
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Intervenção Romântica (1940, Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa)
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Rapto na Paisagem Povoada (1947, Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa)
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Escultura I (1952, Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa)
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António Pedro da Costa nasceu em Cabo Verde, em 1909, e morreu em Moledo do Minho, em 1966. Começou por dedicar-se à poesia, tendo publicado desde 1926. A partir de 1948, trabalhou em teatro e foi director do Teatro Experimental do Porto (1954-1966). Em 1930, foi um dos organizadores do Salão dos Independentes. A sua obra pictórica desenvolveu-se entre 1934 e 1949, relacionando-se com a poesia. Entre os seus primeiros trabalhos conta-se o Poème Dimensionnel (1935). Em 1935, assinou o manifesto do «dimensionismo», também assinado por Duchamp, Kandinsky, Delaunay, etc. Para ele, o «dimensionismo» era: «Direcção especial de uma série de procuras caracterizadas pela ampliação das possibilidades formais de variadas artes, realizada pelo aumento de uma ou mais dimensões espaciais (...). A poesia precisa cada vez menos de palavras. A pintura precisa cada vez mais de poesia». Em 1936, os seus «poemas dimensionais» foram expostos na Galeria UP, que ele dirigia. O «dimensionismo» passou para a pintura, do que resultou a obra Sabat, Dança de Roda (1936). Desde então, a sua pintura aproximou-se do Expressionismo e do Surrealismo. Em 1940, com António Dacosta e Pamela Boden, realizou um exposição que se opunha à Exposição do Mundo Português, onde expôs Intervenção Romântica (1940). No ano seguinte (1941), expôs em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em 1942, escreveu e ilustrou o texto semiautomático Apenas uma Narrativa. Data de 1947, o quadro Rapto na Paisagem Povoada, onde fez uma homenagem aos pintores que mais admirava: Hieronymus Bosch e Paul Rubens.
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Bibl. - Rui Mário Gonçalves, Pintores Portugueses do Século XX, Lisboa, Alfa, 1986, pp.70-73.
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António Pedro da Costa was born in Cape Verde, in 1909, and died in Moledo do Minho, in 1966. He began is career as poet, having published since 1926. From 1948, he started to work in theater and became director of Teatro Experimental do Porto in 1954 (until 1966). In 1930, he was one of the organizers of the Salão dos Independentes. His pictorial work was developed between 1934 and 1949. Among his first works is the Poème Dimensionnel (1935). In the year 1935, he signed the manifesto of “dimensionism”, also signed by Duchamp, Kandinsky, Delaunay, etc. For him, “dimensionism” was: “Special direction of a series of demands characterized by the expansion of formal possibilities of various arts, realized by increasing one or more spatial dimensions (...). Poetry needs less and less words. Painting needs more and more poetry.” In 1936, his “dimensional poems” were exhibited at the UP Gallery of Art, that he directed. «Dimensionism» passed to painting, which resulted in the work Sabat, Dança de Roda (1936). Since then, his painting has approached Expressionism and Surrealism. In 1940, with António Dacosta and Pamela Boden, he held an exhibition where he exhibited Intervenção Romântica. The following year (1941), he exhibited in São Paulo and Rio de Janeiro. In the year 1942, he wrote and illustrated the semiautomatic text Apenas uma Narrativa. The painting Rapto na Paisagem Povoada (1947) is an important work in which he paid tribute to the painters he most admired: Hieronymus Bosch and Paul Rubens.