Camponesa (1875, CMAG) - Os pretos de Serpa Pinto; Os dois escravos; A preta Mariana e o Preto Catraio--Os pretos de Serpa Pinto; Os dois escravos; A preta Mariana e o Preto Catraio (c. 1876, MNAC) - Retrato do poeta Raimundo Bulhão Pato (1880-1882, MNAC) - Retrato de António Feliciano de Castilho (1873, MNAC) - Retrato de D. Maria das Dores Martins (1878, MNAC).
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Miguel Ângelo Lupi foi um pintor português de ascendência italiana pela parte paterna. Frequentou o curso de pintura da Academia de Belas-Artes de Lisboa, onde foi discípulo de António Manuel da Fonseca. Apesar de ter participado em 1843 na segunda exposição trienal da Academia, foi desviado da arte por imposição familiar. Frequentou então a Escola Politécnica e, entre 1849 e 1860, trabalhou no funcionalismo público. Mesmo durante este tempo, Lupi continuou a pintar, recebendo em 1860 uma encomenda que lhe trouxe o êxito: um retrato de D. Pedro V, para o Tribunal de Contas. Foi depois disso que, com a protecção do Marquês de Sousa Holstein, obteve uma bolsa de estudo para Roma, onde ficou até 1863, dedicando-se à pintura de História. No regresso a Lisboa passou por Paris, cidade onde voltou em 1867. Entretanto foi nomeado professor de desenho da Academia de Belas-Artes (1864) e depois colocado interinamente como professor de pintura de História (1867), cargo do qual veio a ser provido definitivamente em 1868. O seu ensino mostrou-se renovado numa forma eclecticamente actualizada.
Em 1878, Delfim Guedes, vice-inspector em substituição de Sousa Holstein, foi encarregado pelo ministro José Luciano de Castro a apresentar um projecto de reforma da Academia. Este consultou os professores e Lupi compôs um projecto, que publicou em 1879, intitulado de Indicações para a reforma da Academia Real de Belas Artes de Lisboa, onde se salientava a importância pedagógica dos Museus no ensino artístico. Tratava-se de um documento que previa três graus de ensino: elementar, de aplicação à indústria e superior, e ainda a criação de estudos teóricos de história da arte e de estética. Segundo a sua proposta, era na escola superior que se encontravam os estudos de arquitectura, escultura e pintura.
Lupi teve o momento alto da sua carreira nos anos de 1870, tendo exposto na Sociedade Promotora das Belas-Artes, no Salon de Paris (1866, 1867 e 1875), em Londres (1867), Madrid (1871) e Rio de Janeiro (1879). Foi condecorado coma Grã-Cruz da Ordem de Santiago e de Cristo. Cultivou a pintura de História, mas foi no retrato que mais se destacou. A paisagem também foi abordada, mas com pouco êxito, pintando ainda cenas de interior e temas de trabalho.
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Miguel Ângelo Lupi (Lisbon, May 8, 1826 - Lisbon, February 26, 1883) was a Portuguese Romantic painter. He was a professor of historical painting at the Academy of Fine Arts in Lisbon.
In some of his finest portraits, like the Portrait of the Duke of Ávila and Bolama (1880), at the Chiado Museum, in Lisbon, his work, probably because of his knowledge of the French Realist and Naturalist painters, like Courbet, deviate from his Portuguese contemporaries, approaching the new trends of his time. Despite the fundamental lines of his work, focusing on the portrayal of the rich and famous, Lupi also painted interior scenes, scenes of family life and themes of historic nature, as the Marquis de Pombal at work examining the project of reconstruction of Lisbon. (Wikipedia)
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Bibl.
Miguel Ângelo Lupi, Evocação no Centenário da sua Morte nas colecções do museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa, 1983.
FRANÇA, José-Augusto, A Arte em Portugal no Século XIX, 3.ª ed., 2 volumes, Lisboa, Bertrand Editora, 1990.
SILVEIRA, Maria de Aires, TAVARES, Cristina Azevedo, Miguel Ângelo Lupi – 1826 / 1883, Lisboa, Museu do Chiado, (28/2-26/5) 2002.
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