sábado, 1 de dezembro de 2012

Raul Lino (1879-1974)


Casa dos Patudos, Alpiarça (1904, Link)
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(Casa do Cipreste, 1912, Link)
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Maqueta de Cenário para O Milagre (Museu Nacional do Teatro, Link)
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«O Cão» (1911, in Animais nossos AmigosLink)
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Raul Lino nasceu em Lisboa, a 21 de Novembro de 1879. Por decisão de seu pai, em 1890, foi viver para a Inglaterra, onde estudou num Colégio Católico (Windsor). Continuou os estudos na Alemanha onde, entre 1893 e 1897, frequentou a Handwerker und Kunstgewerbeschule (Hannover) e o ateliê de Albrecht Haupt. De volta a Portugal, começou a exercer actividade como arquitecto, apesar de só em 1926 ter recebido o diploma oficial de arquitectura. Entre os seus numerosos projectos arquitectónicos, onde procurou criar uma linguagem moderna inspirada na habitação tradicional portuguesa, destacamos apenas alguns: a Casa dos Patudos (para José Relvas, 1904); a Casa do Cipreste (1912); e o cinema Tivoli (1924). Como artista foi autor também de desenhos de mobiliário, peças de cerâmica, azulejos e ilustrações; como teórico escreveu numerosos livros e artigos sobre arquitectura, entre os quais nomeamos A Nossa Casa - Apontamentos sobre o Bom Gosto na Construção das Casas Simples (1918) e A Casa Portuguesa (1929). Em 1932, foi membro fundador da Academia Nacional de Belas-Artes, exercendo o cargo de Vice-presidente e Presidente, respectivamente em 1947 e 1967. Também integrou o Conselho Directivo da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva. Desde 1934, que começou a trabalhar para a Direcção dos Edifícios e Monumentos Nacionais, onde foi Director da Secção das Casas Económicas, Arquitecto Chefe da Repartição de Estudos e Obras em Monumentos, Superintendente Artístico para os Palácios Nacionais; Vogal da Comissão para Aquisição de Mobiliário e Director de Serviço dos Monumentos Nacionais.
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Bibl.: Arquivo da DGEMN (IHRU-Forte de Sacavém); António Maria Pinto Leite (coord.), Raul Lino – Artes Decorativas, Fundação Ricardo Espírito Santo Silva, 1990; Maria do Carmo Sousa Lino, As Artes Decorativas na Obra de Raul Lino, Lisboa, Universidade Lusíada, 1999 (Tese de Mestrado); Irene Ribeiro, Raul Lino, pensador nacionalista da arquitectura, Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, 1994; Joana Santos, Raul Lino (1879-1974), Quidnovi, 2011.
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Raul Lino was a Portuguese architect, that studied in England and in Germany, where he worked with Albrecht Haupt. Back to Portugal, he projected hundreds of houses, as well as designed furniture, made illustrations and other artistic expressions, mainly linked with interior design. He also wrote books and texts about architecture like A Casa Portuguesa (The Portuguese House, 1929).
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Wikipedia.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905)

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Jarra com friso de rãs (1893, Museu da Cerâmica das Caldas da Rainha).
Chávena e pires (1897, Museu da Cerâmica das Caldas da Rainha).
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Azulejo com folhas de nenúfar (1900, Museu da Cerâmica das Caldas da Rainha).
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«Vinte anos depois», in A Paródia, 1903.
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Rafael Bordalo Pinheiro nasceu em 1846, no seio de uma família de artistas e dedicou-se, entre outras actividades, ao desenho e à caricatura. Integrou a primeira geração naturalista e fez parte do Grupo do Leão, constituído por artistas como Silva Porto, José Malhoa, João Vaz, António Ramalho e seu irmão Columbano Bordalo Pinheiro, entre outros. Em 1884, começou a dirigir o sector artístico da Fabrica de Faianças das Caldas da Rainha, onde criou o segundo grande momento de renovação da cerâmica das Caldas da Rainha, dedicando-se à criação de cerâmica artística e produzindo centenas de peças decorativas, de temática naturalista e humorística. Bordalo Pinheiro executou variadas obras para oferta ou para assinalar datas relevantes da sua vida, das quais é exemplo a Jarra Dr. Feijão, o médico que o tratou de uma doença grave e cuja peça o artista ornamenta com mãos aladas e iconografia alusiva ao seu nome: ramos e vagens de feijoeiro. O ícone mais significativo da sua criação é a personagem do Zé Povinho (1875), que simboliza o povo modesto e vai aparecer em diversas representações cerâmicas – figuras de movimento, tinteiros, cinzeiros, entre outras –, sempre com expressões criticas e sofredoras. A produção de Rafael Bordalo apresenta características peculiares de elevado interesse artístico, capaz de reproduzir a textura dos materiais para além das formas dos objectos, traduzindo também a herança de um romantismo tardio, presente nos revivalismos e com ligação ao naturalismo, oscilando entre o requinte e o popular e anunciando o estilo artístico da modernidade – a Arte Nova. Reconhecida internacionalmente, distinguida com inúmeras medalhas e prémios em exposições universais, a obra de Rafael Bordalo Pinheiro é uma das principais referências da cerâmica portuguesa da actualidade.
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in Matriznet.
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Rafael Bordalo Pinheiro was a Portuguese artist known for his illustration, caricatures, sculpture and ceramics designs, and is considered the first Portuguese comics creator. He started publishing illustrations and caricatures in humoristic magazines such as A Berlinda and O Calcanhar de Aquiles, frequently demonstrating a sarcastic humour with a political or social message. In 1875 he travelled to Brazil to work as an illustrator and cartoonist for the publication Mosquito (and later,another publication called O Besouro). In 1875, Bordalo Pinheiro created the cartoon character Zé Povinho, a Portuguese everyman, portrayed as a poor peasant. In 1885, he founded a ceramics factory in Caldas da Rainha, where he created many of the pottery designs for which this city is known.
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in Wikipedia.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Paula Rego (n. 1935)

Maratona (corrida II) (1983, Casa das Histórias Paula Rego, Cascais).
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Proles wall (1984, CAM).
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Goosey, goosey gander (1989, British Council).
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The artist in its studio (1993, Leeds City Art Gallery).
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Anunciação (2002, Museu da Presidência da República, Lisboa).
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Paula Rego iniciou seus estudos no Colégio Integrado Monte Maior, seguindo depois para a St. Julian's School em Carcavelos. Incentivada pelo pai a prosseguir o seu desenvolvimento artístico fora do Portugal, partiu para Londres, onde estudou na Slade School of Fine Art, até 1956. Conheceu então o pintor Victor Willing (1950-1999), com quem se casou em 1959 e com quem teve três filhos, Carolina, Victoria e Nicholas. Entre 1959 e 1962, viveu na Ericeira. Ao longo da década de 1960 participou em exposições colectivas na Inglaterra e, em 1966, expôs individualmente na Galeria de Arte Moderna da Escola de Belas-Artes de Lisboa. Em 1976, radicou-se em Londres. A obra literária de George Orwell inspirou-a no painel Proles wall (1984). O seu marido morreu em 1988 e, dois anos depois, em 1990, a convite da National Gallery, foi ocupar um ateliê desse museu londrino. Inaugurou, a 18 de Setembro de 2009, a Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, que nasceu com o intuito de acolher e promover a divulgação e estudo da sua obra. Em Julho de 2012, apresentou uma série de pinturas, numa exposição em parceria com a artista Adriana Molder, inspirada na narrativa de Alexandre Herculano intitulada A Dama Pé-de-Cabra. Actualmente, trabalha e reside em Londres, sendo representada pela Marlborough Fine Arts.
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Bibl.: Casa das Histórias Paula Rego e Wikipedia.
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Paula Rego was born in Lisbon, in 1935. In 1936, her father was posted to work in the United Kingdom and he left Paula in Portugal in the care of her grandmother until 1939. She was sent to the Saint Julian's School in Carcavelos from 1945 to 1951. In 1951, she went to the United Kingdom to attend The Grove School, and later, from 1952 to 1956, the Slade School of Fine Art. At the Slade she met her future husband, Victor Willing. They left London to live in Portugal, in 1957, but they were only able to marry in 1959. Three years later Rego's father bought the couple a house in London, at Albert Street in Camden Town and Paula Rego's time was spent divided between Britain and Portugal. In 1976 the family moved permanently to London. Paula Rego's artistic career effectively began in the early 1962 when she began showing with The London Group. In 1965 she was selected by Roland Penrose to take part in a group show at the Institute of Contemporary Arts (ICA) in London, and that same year she had her first solo show at the Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA) in Lisbon. In 1988 Rego was the subject of a retrospective exhibition at the Calouste Gulbenkian Foundation in Lisbon and the Serpentine Gallery in London. This led on to being invited to become the first "Associate Artist" at the National Gallery, London in 1990, in what was the first of a series of artist-in-residence schemes organised by the gallery. In 2009 a museum dedicated to Paula Rego's work and named "The House of Stories; Paula Rego" was opened in Cascais, and several key exhibitions of her work have since been staged here. In 2010 she was made a Dame of the British Empire.
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Resumed from Wikipedia.

sábado, 1 de setembro de 2012

Júlio Pomar (n. 1926)

Gadanheiro (1945, MNAC - Link).
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Maio 68 (CRS-SS) (1969, Colecção Jorge de Brito, Cascais).
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«Nasceu em 1926, em Lisboa, e instalou-se em Paris em 1963. Actualmente vive e trabalha em Paris e Lisboa. Frequentou a Escola de Artes Decorativas António Arroio e as Escolas de Belas-Artes de Lisboa e Porto, tendo participado em 1942 numa primeira mostra de grupo, em Lisboa, e realizado a primeira exposição individual em 1947, no Porto. Dedicou-se especialmente à pintura, mas o seu trabalho inclui também obras de desenho, gravura, escultura e «assemblage», ilustração, cerâmica, tapeçaria e cenografia para teatro. Realizou, igualmente, obras de decoração mural em azulejo para a Estação Alto dos Moinhos do Metropolitano de Lisboa, (1983-84), o Circo de Brasília (Gran’Circolar, 1987), a Estação Jardin Botanique do Metropolitano de Bruxelas (1992), o Tribunal da Moita («Justiça de Salomão», 1993) e a estação de combóios de Corroios (1998). Participou na Bienal de São Paulo de 1953 e, igualmente, nas edições de 1975 e 1985. A Fundação Gulbenkian organizou em 1978 a primeira retrospectiva da sua obra, que foi exibida em Lisboa, Porto e Bruxelas. Em 1986, uma nova exposição retrospectiva foi apresentada pela Fundação Gulbenkian em museus de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília e também na sua sede, em Lisboa. Outras mostras antológicas de âmbito temático tiveram lugar em 1990, com obras de temas brasileiros, em Rio de Janeiro, São Paulo e Lisboa; em 1991, com pinturas e desenhos sobre temas literários e retratos de escritores («Pomar et la Littérature»), em Charleroi, Bélgica; em 1997, com trabalhos sobre o tema de D. Quixote, em Cascais, e pinturas sobre os Índios do Brasil, em Biarritz, França. Outras antologias de pintura foram apresentadas, em 1999 e 2000, em Macau e Pequim; em 2001, em Aveiro (Pinturas Recentes) e, em 2003, em Istambul. Publicou, em 2002, o volume de ensaios «Então e a Pintura?» e, em 2003, o poema «TRATAdoDITOeFeito». Expôs novas pinturas («Méridiennes - Mères Indiennes»), em 2004, na Galeria Patrice Trigano, em Paris, e o Sintra Museu de Arte Moderna – Colecção Berardo apresentou uma retrospectiva da sua obra organizada por Marcelin Pleynet sob o título «Autobiografia», onde foram expostas as primeiras peças de uma série de esculturas em bronze. Ainda em 2004, o CCB expôs uma antologia de obras recentes intitulada «Comédia Humana». Os dois primeiros volumes do catálogo «raisonné» da obra de pintura, escultura em ferro e assemblages foram publicados, em 2001 e 2004, pelas Éditions de la Difference, em Paris».
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Julio Pomar (born in Lisbon, 10 January 1926) is a Portuguese painter. He studied painting in both Lisbon and Porto Academy of Fine Arts, in this last he one he joined the group of other fellow artists called Independents. He joined the neo-realist movement, from 1945 to 1957, and he painted some of the most memorable images of the current. He latter started to paint in a sort of neo-expressionist style.
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quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Ernesto Canto da Maya (1890-1981)




Desespero da dúvida (1915, MNAC - Link).
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Bendito seja o fruto do teu ventre (c. 1920-1922, Museu Carlos Machado).
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La femme au serpent (1923, CAM)
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Adão e Eva (1929-1939, MNAC - Link).
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Baiser (MNSR - Link).
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Ernesto do Canto Faria e Maia nasceu em 1890, em Ponta Delgada (Ilha de São Miguel, Açores) numa família culta e abastada. Em 1907, após concluir o liceu, partiu para Lisboa e matriculou-se no Curso Geral de Desenho da Escola de Belas-Artes, tendo como professores Ernesto Condeixa, José Luís Monteiro e José Alexandre Soares. Depois de concluir esta formação em 1911, inscreveu-se no curso de Arquitectura Civil, que abandonou logo no primeiro ano. Em 1912, participou no I Salão dos Humoristas Portugueses, apresentando um conjunto de pequenas estatuetas humorísticas de modelação espontânea que evocavam com um olhar crítico a frivolidade do quotidiano urbano e das grandes metrópoles. Distante do gosto do público e das práticas académicas, nesse ano partiu para Paris, onde foi aluno de Antoni Mercier (na Escola de Belas-Artes de Paris) e de Antoine Bourdelle (na Academia da Grand Chaumiére). Interessado em estagiar com James Vibert, escultor simbolista, Canto da Maia começou a frequentar a Escola de Belas-Artes de Genebra em 1914. Aí desenvolveu um estilo escultórico que se aproxima progressivamente da Arte Nova, então muito divulgada na Europa. Com a I Guerra Mundial (1914-1918) o escultor regressou a São Miguel, onde participou na XII Exposição da SNBA, em Ponta Delgada com a obra Tristeza (1915). No ano seguinte, apresentou na XIII Exposição da SNBA a grande estátua Desespero da dúvida, obra marcada pelo intenso realismo da figura, porém tratada plasticamente com uma inequívoca modernidade. Ainda em 1916, Canto da Maia partiu para Madrid, onde trabalhou durante um ano no atelier do escultor castelhano Julio Antonio Rodríguez Hernandez. Nos anos seguintes regressou a Ponta Delgada – onde executou um conjunto de baixos-relevos para o Coliseu Micaelense (1917) e para o Palácio Jácome Correia (1918) – e a Lisboa, onde apresentou a sua primeira exposição individual no Salão Bobone (1919). Em 1920 foi para Paris, onde permaneceu até 1937, ano em que o eclodir da II Guerra Mundial o obrigou a regressar a Lisboa. Neste período participou em numerosos salões em Paris e integrou a Exposição de Arte Francesa e Contemporânea de Tóquio e Osaka (1926), produzindo obras de carácter decorativo, que denotam o gosto Art Déco e, simultaneamente, o interesse por uma vida íntima. Datam deste período Adão e Eva (c. 1929). O regresso a Portugal é marcado pelas encomendas oficiais, primeiro para o Pavilhão de Portugal na Exposição Internacional das Artes e das Técnicas da Vida Moderna (Paris, 1937), e depois para a Exposição do Mundo Português (Lisboa, 1940). Para estas exposições realizou retratos de grandes figuras da História de Portugal, como Infante D. Henrique (1937), Afonso de Albuquerque (1937) ou o grupo escultórico D. Manuel I, Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral (1940). Em 1943, o escultor foi reconhecido publicamente com uma exposição retrospectiva organizada pelo Secretariado de Propaganda Nacional e no ano seguinte recebeu o Prémio de Escultura Manuel Pereira. Em 1946, Canto da Maia regressou a Paris, onde permaneceu até 1953. Nesse ano, voltou definitivamente para os Açores e integrou a representação de Portugal na 2.ª Bienal de Arte Moderna de São Paulo. Nos anos seguintes projectou alguns monumentos públicos e participa em diversas exposições, das quais se destacam a exposição “Arte Portuguesa do Naturalismo aos nossos dias” (Bruxelas, Paris e Madrid, 1967-68) e a exposição retrospectiva no Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada (1976). Ernesto Canto da Maia morreu em Ponta Delgada a 5 de Abril de 1981.
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Resumo da biografia in Matriznet.
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Ernesto do Canto Faria e Maia was born in 1890 at Ponta Delgada (São Miguel island, Azores) in the midst of a wealthy family. In 1907, after graduating at high school, he leaves to Lisbon and enrols at the Drawing Class of the Fine Arts School, having Ernesto Condeixa, José Luís Monteiro and José Alexandre Soares as teachers. In 1912, he participates at the I Portuguese Caricature Exhibit with a set of small statuetes which criticize the frivolity of life at the cities. He leaves Portugal that year heading for Paris, where he will study under Antoni Mercier (Paris Fine Arts' School) and Antoine Bourdelle (at the Grand Chaumiére academy). Longing to study with sculptor James Vibert, begins to attend classes at Genéve's Fine-Arts School on 1914; here he will develop a crafting style gradually approaching Art-Nouveau, very popular in Europe in those days. With the cracking of the 1st World War (1914-1918) he returns to São Miguel, where he enrols (1915) at the XII Exhibit of the Fine Arts' National Society (Sociedade Nacional de Belas-Artes - SNBA), at Ponta Delgada, with the piece Tristeza (“Sadness”). In the following year, he presents at the XIII SNBA Exhibit the large statue Desespero da dúvida (“Dispair of the Doubt”), work marked by the intensity and realism of the character, nonetheless treated plastically with an undeniable modernity. Still in 1916, Canto da Maia leaves for Madrid, where he will work for one year at the studio of spanish sculptor Julio Antonio Rodríguez Hernandez. In the following years he returns to Ponta Delgada – where he performs a set of bas-reliefs to the Coliseu Micaelense (1917) and to the Jácome Correia Palace (1918) – and to Lisbon, where he will present his first individual exhibit at the Bobone Salon (1919). In 1920 he leaves for Paris, where he will work until 1937, when the international political tensions will force him back to Lisbon. In these years he participates in numerous exhibits in Paris and enrols in the Tokio and Osaka's French and Contemporary Art Exhibit (1926), making works of decorative style showing simultaneously the Art Déco's urban taste and an interest for an intimate way of life. From these years we point out Adão e Eva (c. 1929). The return to Portugal was marked by some official commissions, first for the Portuguese Pavillion of the Modern Life's Arts and Techniques International Exhibit (Paris, 1937), and then for the Portuguese World Exhibit (Lisbon, 1940). For these shows, he executes portraits, somewhat mystic, of great portuguese characters, like D. Henrique (1937), Afonso de Albuquerque (1937) or the sculptoric group of D. Manuel I, Vasco da Gama and Pedro Álvares Cabral (1940). In 1943, the sculptor is publicly recognized with a background exhibit organized by the Secretariado de Propaganda Nacional (National Propaganda Office) and in the following year he receives the Manuel Pereira Sculptor's Award. In 1946, Canto da Maia returns to Paris, where he will live until 1953, returning that year definitely to Azores; that year, he will integrate the portuguese representation at the 2nd São Paulo's Modern Art Bienal. In the following years he designs some public monuments and is involved in several exhibits, like the exhibit “Arte Portuguesa do Naturalismo aos nossos dias” - Portuguese Art from Naturalism to the present day“ (Bruxelas, Paris and Madrid, 1967-68) and the background exhibit at the Carlos Machado Museum, in Ponta Delgada (1976), city where he will pass away at April, 5th, 1981.

domingo, 1 de julho de 2012

Aurélia de Sousa (1866-1922)

Auto-retrato (1900, MNSR).
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À sombra (1900-1910, Museu Abade de Baçal).
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No atelier (1916, MNAC).
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Visitação (MNSR).
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Maria Aurélia Martins de Souza nasceu no Chile, na cidade de Valparaíso, em 13 de Junho de 1866, filha de António Martins de Souza e Olinda Perez, emigrantes portugueses no Brasil e no Chile. Em 1869 acompanhou o regresso da família a Portugal que, com o dinheiro amealhado na América Latina, comprou a Quinta da China, na margem norte do rio Douro, nas proximidades da cidade do Porto, onde passou a residir. Após a morte do pai, em 1874, a sua mãe voltou a casar-se, em 1880.
Aos dezasseis anos, Aurélia iniciou as suas aulas de desenho e pintura com António da Costa Lima e em 1893 inscreveu-se, juntamente com a sua irmã Sofia de Souza (1870-1960), na Academia Portuense de Belas Artes. Entre 1893 e 1896 integrou diversas exposições e, no ano lectivo de 1896-1897, fez o primeiro e o segundo anos do curso de Pintura Histórica, na Academia de Belas-Artes do Porto. No ano de 1897-1898 completou o terceiro ano com a classificação final de dezasseis valores. Em Outubro de 1898 matriculou-se no quarto ano, contudo não chegou a completá-lo.
Em 1899, sem bolsa de estudo do Estado mas com o apoio monetário da sua irmã mais velha, Helena Souza Dias, casada com José Augusto Dias, rumou até Paris. Nos três anos em que aí residiu frequentou os cursos de J. P. Laurens e B. Constant na Academia Julien, expôs e vendeu trabalhos, enviou estudos ao mestre Marques de Oliveira para que este avaliasse a progressão da sua arte e viajou até à Bretanha. Em 1900 pintou o famoso auto-retrato, com casaco vermelho, hoje pertença do Museu Nacional de Soares dos Reis. Por esta altura, a irmã e artista Sofia de Souza, juntou-se a ela em França. Em 1902, antes do regresso a Portugal, as duas irmãs dedicaram-se a viajar pela Europa, visitando a Bélgica, a Alemanha, a Itália e a Espanha. Em 1907, foi convidada por António Teixeira Lopes a presidir à Sociedade de Belas-Artes do Porto, mas declinou a oferta. Para além da sua actividade de pintora, Aurélia fez ilustrações para revistas. De saúde frágil, morreu na sua casa da Quinta da China, a 26 de Maio de 1922, com 55 anos.
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Resumo de Universidade Digital / Gestão de Informação, 2008.
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She was born in Valparaíso, Chile. Her parents were emigrants in Brazil and Chile, but they moved back to Porto, Portugal, in 1869. She studyed at the Fine-Arts Academy of Porto, since 1893, where she was a pupil of João Marques de Oliveira, who greatly influenced her style. In 1898, she moved to Paris to study painting, and she traveled for Europe in the next three years, before finally returning to Portugal in 1901. She died in Porto, in 1922.
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Resume from Wukipedia.
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Bibliografia a consultar: OLIVEIRA, Maria João Lello Ortigão de (2006). Aurélia de Sousa em contexto - a cultura artística no fim do século. Imprensa Nacional / Casa da Moeda.

sábado, 2 de junho de 2012

Ângelo de Sousa (1938-2011)

Pintura (1972, MNAC)
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Pintura (1974, CAM)
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Pintura (1983, CFIP)
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86-3-15Q (1986, CAM)
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1-II-5-G (CFIP)
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Ângelo César Cardoso de Sousa nasceu em Lourenço Marques (Moçambique), em 2 de Fevereiro de 1938. Com 17 anos foi para o Porto e, em 1955, matriculou-se na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, no curso de Pintura. Depois de terminar os estudos foi convidado a integrar o corpo docente e em 1963 tornou-se assistente da Escola. Expôs publicamente pela primeira vez, em 1959, na Galeria Divulgação, no Porto, ao lado de Almada Negreiros. No ano de 1964 foi um dos entusiastas e fundadores da Cooperativa Árvore. No final dessa mesma década (1967-68) viveu uma temporada em Londres, enquanto bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e do British Council, frequentando a Slade School of Art e a Saint Martin's School of Fine Art. Em 1968, formou o grupo de Os Quatro Vintes, assim denominado pelo facto de todos os seus elementos terem alcançado a classificação máxima na licenciatura. No ano de 1995, tornou-se professor catedrático da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, aposentando-se cinco anos depois. Caracterizado como «artista vanguardista, experimentalista e minimal», utilizou diferentes técnicas e suportes: desenho, pintura (recusando molduras), escultura, fotografia, filme, vídeo e cenografia. De entre as exposições individuais que fez podem destacar-se a exposição Ângelo - Escultura e Desenho (Porto, 1970), as retrospectivas em Serralves (1993 e 2001) e a exposição sobre desenho, no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian (2003). Participou na XIII Bienal de São Paulo (1975) e  na Bienal de Veneza (1978). Em 2010, estreou o filme Ângelo de Sousa – Tudo o que sou capaz do encenador e realizador Jorge da Silva Melo (2010). Ângelo de Sousa morreu na sua casa do Porto, aos 73 anos de idade, no dia 29 de Março vítima de cancro.
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Resumo do texto «Ângelo de Sousa» do site da Universidade do Porto.
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Ângelo César Cardoso de Sousa (February 2, 1938 – March 29, 2011) was a Portuguese painter, sculptor, draftsman and professor, better known for continuously experimenting new techniques in his works. He was seen as a scholar of light and colour who explored minimalism. He was born in Lourenço Marques (now Maputo) in 1938 and in 1955 he moved to Porto where he enrolled in the School of Fine Artes. It was there that he received his degree in painting with the highest mark, 20. His academic excellence led him to become part of a group known as Os Quatro Vintes (Portuguese for "The Four Twenties"). De Sousa lived and worked in Porto, where he lectured in the School of Fine Arts (now the Faculty of Fine Arts of the University of Porto) from 1962 until 2000, when he retired as a Full Professor. Prior to teaching, de Sousa had his first solo exhibition in 1959 and since then his works have been shown worldwide. In 1975 he received the International Prize of the 13th São Paulo Art Biennial and in 2007 the Calouste Gulbenkian Foundation presented him with the Gulbenkian Prize. He died in his home, at the age of 73, after battling with cancer for several months.
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From Wikipedia

terça-feira, 1 de maio de 2012

Amadeo de Souza-Cardoso (1887-1918)

Lévriers / Os Galgos (1911, CAM)
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Mucha (1915, CAM)
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«Amadeo de Souza-Cardoso nasce a 14 de Novembro de 1887 em Manhufe, no concelho de Amarante, e morre em Espinho a 25 de Outubro de 1918, vítima de gripe Pneumónica. Filho de proprietários rurais, Amadeo passa a infância na quinta da família, em Manhufe, faz o liceu em Coimbra, e, concluído o primeiro ano de Arquitectura na Escola de Belas Artes de Lisboa, decide partir para Paris no dia do seu 19º aniversário, com o desejo de prosseguir os estudos na capital francesa. Em Paris integra uma colónia artística portuguesa de que fazem parte pintores como Francisco Smith (1881-1961), Manuel Bentes (1885-1961), ou Eduardo Viana (1881-1967), e cedo decide abandonar a Arquitectura em favor da prática da caricatura, chegando a publicar alguns desenhos na imprensa portuguesa. A partir de 1908, Amadeo vai-se concentrar exclusivamente na sua pintura, com declarada oposição familiar, sobretudo do pai, que mais tarde acabará por aceitar. A partir de 1909, começa a assistir regularmente às aulas do pintor espanhol Anglada-Camarasa (1871-1959) na Academia Vitti, vai-se interessando nos museus por arte primitiva e medieval, e aproxima-se de artistas como Constantin Brancusi (1876-1957) e sobretudo Amedeo Modigliani (1884-1920), com quem irá expor no seu próprio atelier em 1911. Nesse ano e no seguinte, anos intensos de trabalho, o artista participa em importantes exposições da vanguarda parisiense, como os XXVII e XXVIII Salons des Indépendants, ou o X Salon d’Automne, e em 1912 publica o álbum XX Dessins, com prefácio crítico de Jerôme Doucet, fundamental nos anos seguintes para a divulgação internacional da sua obra. É nessa época que conhece o casal de pintores Robert (1885-1941) e Sonia (1885-1979) Delaunay, que o irão ajudar a estabelecer uma rede de contactos no meio artístico parisiense, decisiva na concretização de importantes exposições em que participa no ano seguinte, na Alemanha e nos EUA. É em Nova Iorque que Amadeo conhece o maior êxito comercial e crítico da sua carreira, apresentando 8 obras na célebre exposição International Exhibition of Modern Art, conhecida como o Armory Show, que traz a arte moderna aos EUA. Foi um sucesso absoluto, com várias menções na imprensa, tendo sido dos artistas que mais venderam na exposição, ao lado de consagrados como Signac, Derain ou Duchamp; consegue assim entrar em importantes colecções norte-americanas, sendo fundamental na sua promoção o crítico norte-americano Walter Pach. No mesmo ano, participa no importante Erster Deutscher Herbstsalon (Primeiro Salão de Outono Alemão), expondo com os futuristas italianos e o grupo Der Blaue Reiter, e no princípio de 1914 expõe o álbum XX Dessins, e provavelmente os desenhos originais, na Escola de Artes e Ofícios de Hamburgo. É decisiva para a sua entrada no circuito expositivo alemão a amizade que estabelece desde 1912 com o pintor Otto Freundlich (1878-1943), que conhecera através de Modigliani. Em Agosto de 1914, Amadeo é surpreendido pelo início da Grande Guerra em Barcelona, onde conhece o arquitecto Gaudì, seguindo depois para o Porto, cidade onde se casa com Lucie Pecetto, sua companheira de Paris. No Outono, instala-se em Manhufe, no atelier da Casa do Ribeiro, que seu pai mandara construir em 1910. Apesar de sucessivas tentativas, não mais regressará à capital francesa. Em 1915-1916 colabora com o casal Delaunay, que então vivia em Vila do Conde, com Eduardo Viana e Almada Negreiros (1893-1970) na formação do grupo Corporation Nouvelle, que tinha o projecto de realizar exposições itinerantes de arte moderna em cidades europeias como Barcelona e Estocolmo, as Expositions mouvantes, que não seriam concretizadas numa Europa em guerra. No final do ano de 1916, Amadeo realiza as suas únicas exposições individuais em Portugal, primeiro no Porto (Salão de Festas do Jardim Passos Manuel, 1 a 12 de Novembro) e depois em Lisboa (Liga Naval, 4 a 18 de Dezembro). A surpresa é total, do público e crítica portugueses, perante a novidade radical da sua pintura. Dá importantes entrevistas a periódicos nacionais como O Dia e o Jornal de Coimbra, onde expõe com escândalo as suas ideias artísticas, atacando com irreverência futurista a arte académica e fazendo a apologia da originalidade. Almada Negreiros distribui um manifesto da exposição de Lisboa, apresentando Amadeo como “a primeira descoberta de Portugal na Europa do século XX”. Em 1917, em estreita colaboração com este último, Amadeo concebe o grafismo da edição do poema futurista de Almada K4 O Quadrado Azul, a si dedicado, e pinturas suas são reproduzidas na revista Portugal Futurista, apreendida pelas autoridades da época. A partir desse ano, a pesquisa formal do artista intensifica-se, e produz isolado em Manhufe as suas últimas obras, até ao início de 1918, com soluções de radical originalidade no contexto europeu, integrando na sua pintura colagens de vários materiais e objectos do quotidiano, ou sinalizando-a com letreiros inspirados na publicidade, antecipando assim práticas que serão desenvolvidas no imediato pós-guerra, sobretudo por artistas de filiação dadaísta».
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«He was born in Mancelos, a parish of Amarante. At the age of 18, he entered the Superior School of Fine Arts of Lisbon and one year later (on his 19th birthday) he went to Paris, where he intended to continue his studies but soon quit the architecture course and started to study painting. In Montparnasse, he experimented with Impressionism and later with Expressionism and Cubism, and dedicated himself exclusively to painting. His first experience was drawing, especially caricatures. In 1908, he installed himself in number fourteen of the Cité de Falguière. There, he went to ateliers in theAcadémie des Beaux-Arts and the Viti Academy of the Catalan painter Anglada Camarasa. In 1910 he stayed for some months in Brussels and, in 1911, he displayed works in the Salon des Indépendants. He became close with artists and writers such as Gertrude Stein, Juan Gris, Amedeo Modigliani, Alexander Archipenko, Max Jacob, the couple Robert Delaunay and Sonia Delaunay, and Constantin Brâncuşi, as well as the German artist Otto Freundlich. He was also befriended by the Italian Futurists Gino Severini and Umberto Boccioni.
In 1913, Amadeo de Souza Cardoso participated in two seminal exhibitions: the Armory Show in the USA, that travelled to New York City, Boston, and Chicago, and the Erste Deutsche Herbstsalon at the Galerie Der Sturm in Berlin, Germany, directed by Herwarth Walden. Both exhibitions showed modern art to a public that was still not used to it. Amadeo was among the most commercially successful of the exhibitors at the Armory Show, as he sold seven of the eight works he showed there.
Amadeo met with Antoni Gaudí in Barcelona in 1914, and then left for Madrid, where the shock of World War I was already underway. His friend Amedeo Modigliani showed sculptures in his Paris studio. Amadeo returned then to Portugal where he married Lucie Meynardi Peccetto. He maintained contact with other Portuguese artists and poets such as Almada Negreiros, Santa-Rita Pintor and Teixeira de Pascoaes. On October 25, 1918, at the age of 30, he died in Espinho, of Spanish flu.
His early works, under the tutelage of the Spanish painter Anglada Camarasa, were stylistically close to impressionism. Around 1910, influenced both by cubism and by futurism, he became one of the first modern Portuguese painters. His style is aggressive and vivid both in form and colour and the compositional structure of his works may seem random or chaotic at first sight but are clearly defined and balanced. His more innovative paintings, like "Trou de la Serrure" look like collages, and seem to pave the way to abstractionism or even dadaism.
In 1912 he published an album with twenty drawings and, after that, he copied the story of Gustave Flaubert, “La Légende de Saint Julien to l'Hospitalier”, which were ignored by appreciators of art. In 1913 he exhibited eight works in the Armory Show in the USA, some of which are now in American museums. The following year, he returned to Portugal and initiated a great and meteoric career in the experimentation of new forms of expression.
In 1915 Amadeo and other artists such as Santa-Rita, Fernando Pessoa and Mário de Sá-Carneiro joined to shape Orpheu, a magazine which had only two editions and is considered by many to be the exponent of Portuguese modernism. Amadeo also participated in another magazine, Portugal Futurista, which had only one edition published. In 1916, he displayed in Oporto 114 artworks with the heading “Abstraccionism”, that also was displayed in Lisbon, one and another with newness and some scandal. Cubism was in expansion throughout Europe and was an important influence in his analytical cubism. Amadeo de Souza Cardoso explored expressionism and in his last works he tried new techniques and other forms of plastic expression.
In 1925, a retrospective exhibition in France of the painter’s artwork was well received by the public and critics. Ten years later in Portugal, an award was created to distinguish modern painters: the Souza-Cardoso prize.
Amadeo de Souza Cardoso's ink drawings, decorative but always figurative, bear a relationship to those of Aubrey Beardsley. After his death, his work remained almost unknown until 1952, when a room dedicated to his paintings in Amarante Museum gained the public's attention».
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segunda-feira, 2 de abril de 2012

José Sobral de Almada-Negreiros (1893-1970)





Bailarinos (MNAC) - Estudos para os frescos da Gare Marítima (MNAC) - Adão e Eva (1936, Museu Abade de Baçal) - Auto-retrato (1948, CAM) - Retrato de Fernando Pessoa (1964, CAM).
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José de Almada-Negreiros nasceu a 7 de Abril de 1893, em S. Tomé e Príncipe, e morreu a 15 de Junho de 1970, em Lisboa. Órfão de mãe desde 1896, viajou para Lisboa com sete anos, indo viver para casa de uma tia materna. Frequentou os estudos primários e liceais em Lisboa, no Colégio Jesuítico de Campolide e no Liceu de Coimbra. No ano de 1912, participou no 1.º Salão do Grupo dos Humoristas Portugueses e, em 1913, sendo aluno da Escola Internacional de Lisboa (desde 1911), apresentou a sua primeira exposição individual, composta por 90 desenhos. Nesta escola conheceu Fernando Pessoa, com quem veio a editar, em 1915, a Revista Orpheu, juntamente com Mário de Sá Carneiro. A partir de então, tornou-se num dos principais representantes do movimento modernista, defendendo Amadeu de Sousa-Cardoso, quando da sua exposição em Lisboa, em 1916. No ano de 1917, juntamente com Guilherme de Santa-Rita, participou no projecto Portugal Futurista e escreveu o Ultimatum às Gerações Futuristas Portuguesas do Século XX. Entre 1919 e 1920, seguiu os estudos de pintura em Paris, redigindo textos e grafismos que viriam a ser célebres. Em 1925, estando em Lisboa, pintou um painel para o café A Brasileira do Chiado. Viveu entre 1927 e 1932 em Espanha, regressando depois para Portugal, onde se casou com a pintora Sara Afonso, de quem teve um filho, José Afonso de Almada Negreiros. Em 1938, Almada concluiu os vitrais para a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, cujo arquitecto fora Pardal Monteiro. Almada-Negreiros destacou-se como um artista e escritor multifacetado, cuja obra apesar de todas as sua diversas formas de expressão, é marcada por traços comuns, como a graciosidade e a irreverência.
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José Sobral de Almada Negreiros (São Tomé e Príncipe, April 7, 1893 - Lisbon, June 15, 1970) was a Portuguese artist. In 1915, along with Fernando Pessoa and Mário de Sá-Carneiro, publishes poems and texts in the Orpheu artistic magazine, which would introduce modernist literature and art in Portugal. This same year Almada Negreiros writes the famous Manifesto Anti-Dantas e por extenso, a humorous attack against a more traditionalist and bourgeois older generation. In 1917, with the scope of introducing to the Portuguese public the Futuristic aesthetics, publishes, together with Santa-Rita Pintor, the Portugal Futurista magazine, writing the Ultimatum Futurista, às gerações portuguezas do século XX ("Futurist ultimatum to the Portuguese generations of the 20th century"). Between the years 1918-20 Almada lives in Paris. In 1920 he returns to Lisbon and in 1925 he produces two paintings for one of the most famous cafés in Lisbon, A Brasileira. In 1927 he goes to Madrid, returning to Portugal only in 1932. In 1933 he married painter Sarah Afonso (1899 – 1983) and they have a son, named José Afonso de Almada Negreiros. Almada Negreiros always called himself a futurist artist, inspired by Marinetti and other modern artists, however his style is wider, and its hardly defined into a category. His work as visual artist extends to tapestry, printmaking, theater and ballet scenography. An important part of his artistic production is literary. He wrote novels, poems, playwrights, essays and manifests that were, in his lifetime, published in books, magazines, newspapers or even low cost booklets and flyers.
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Resumed text from Wikipedia.

domingo, 4 de março de 2012

Henrique Pousão (1859-1884)

Cecília (1882, MNSR)
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Esperando o sucesso (1882, MNSR)
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A casa das persianas azuis (1882 ?, MNSR)
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Nascido em Vila Viçosa, a 1 de Janeiro de 1859, Henrique Pousão viveu a sua infância e adolescência em várias cidades portuguesas, devido à profissão do pai, que era juiz. Em 1872, com a deslocação do pai para Barcelos e depois para Guimarães, começou os seus estudos artísticos em aulas particulares com o pintor António José da Costa e na Academia Portuense de Belas Artes, que frequentou até concluir o Curso  de Pintura, em 1879. Quando Marques de Oliveira regressou de Paris, Pousão colaborou com ele e outros artistas na formação do Centro Artístico Portuense. Em Junho de 1880, o jovem pintor venceu o concurso de pensionista do Estado no estrangeiro na classe de Pintura de Paisagem, e, em Novembro desse ano, partiu para Paris, sendo admitido na Escola de Belas Artes, onde teve como orientadores Cabanel e Yvon. Ficando doente devido à exposição ao frio, pediu transferência para Roma, onde chegou em Dezembro de 1881. Apesar de já não estar integrado em nenhuma escola, inscreveu-se no Círculo de Artistas e, no Verão de 1882, partiu para Capri. Passou duas estadas em Capri (de Junho de 82 a Janeiro de 83 e de Julho a Setembro de 83), entremeadas por alguns meses em Roma. A agudização da doença obrigou-o a regressar a Portugal em Outubro de 1883, antes de terminar o pensionato. Em Novembro fixou-se em Vila Viçosa, onde acabou por morrer vítima de tuberculose, em Março de 1884.
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Cf. MatrizNet (resumido)
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Henrique Pousão was the son of a judge, from a wealthy family of Alentejo. In 1872 he enrolled in the Porto's Fine Arts Academy, graduating in 1879. After graduation, Pousão travelled to France, with a scholarship, and he studied at the Fine Art Academy of Paris under Adolphe Yvon and Cabanel. He started to suffer from tuberculosis, and under his doctor's advice, left Paris for Italy, hoping that a warmer climate might relieve his condition. In 1882, he established a studio in Rome on the Via dei Portoghesi, moving later to Naples and Capri. In the year of 1884, still unwell, he returned to Portugal, where he died that year. Pousão belonged to the naturalist generation and distinguished himself has a painter of genre scenes and landscapes.
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Cf. Wikipedia (adapted)

Nota: Sobre este artista importa ler o livro de Carlos Silveira, Henrique Pousão, Matosinhos, Quidnovi, 2010 e o texto no site 19&20, assinado pelo mesmo historiador.