segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Cristiano Cruz (1892-1951)

Auto-retrato (1916, Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea)
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O semeador (Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea)
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Cena de Guerra (1916-1918, Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea)
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O rebentar das granadas (Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea)
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S/título (Senhoras à mesa) (c. 1919, CAM - Centro de Arte Moderna)
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Christiano Alfredo Sheppard Cruz nasceu em Leiria a 6 de Maio de 1892. Após concluir o curso dos liceus em Coimbra, foi com a família para Lisboa, para estudar Medicina Veterinária, e foi durante os seus anos de estudante na capital (1910-1915) que produziu uma inovadora obra gráfica humorista, publicando regularmente, até 1913, desenhos em vários jornais. Participando na fundação da Sociedade de Humoristas Portugueses, expôs no 1º e no 2º Salão dos Humoristas (1912 e 1913) no Grémio Literário (Lisboa). A partir de 1915, ano em que concluiu a licenciatura, Christiano dedicou-se cada vez mais à pintura, trilhando um caminho que se consolidou no período final da sua produção, entre 1916 e 1919. 
Em Janeiro de 1917, foi para França com o Corpo Expedicionário Português, que combateu na frente ocidental da Grande Guerra, com o posto de tenente médico. No sector português, preencheu um álbum com croquis de situações quotidianas, intitulado "Cenas de Guerra", e produziu pequenos guaches sobre cartão. Em 1918, veio a Lisboa para apresentar a sua tese de doutoramento em Medicina Veterinária; só regressou definitivamente ao país no final do ano, depois do Armistício. 
No ano de 1919, decidiu abandonar a actividade artística, partindo para Lourenço Marques, com o intuito de se dedicar à medicina veterinária. Em 1951, foi transferido, por motivos políticos, para Angola, como veterinário-chefe da província do Bié. Morreu poucos meses depois, em Silva Porto (Angola), a 21 de Outubro de 1951.
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e «Cristiano Cruz» in Wikipédia -
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Christiano Alfredo Sheppard Cruz was born in Leiria on May 6, 1892. After completing high-school in Coimbra, went with the family to Lisbon to study veterinary medicine, and it was during his years as a student in the Portuguese capital (1910-1915) that he produced an innovative humoristic graphic work, regularly publishing, until 1913, drawings in several newspapers. Participating in founding the society of Portuguese Humorists, he exhibited on the 1st and the 2nd Hall of Humorists (1912 and 1913) in the Literary Guild (Lisbon). From 1915, the year he completed his degree, Christiano devoted himself increasingly to painting, treading a path which was consolidated in the final period of his production, between 1916 and 1919.
In January 1917, he went to France with the Portuguese Expeditionary Corps, which fought on the Western front in the Great War, with the rank of Lieutenant Medic. In that period, he filed an album of sketches of everyday situations, titled "scenes of War", and produced small gouaches on cardboard. In 1918, he went to Lisbon to present his doctoral thesis in veterinary medicine; just returned definitely to his home country at the end of the year, after the Armistice.
During the year of 1919, he decided to abandon the artistic activity, departing to Lourenço Marques (Mozambique) in order to devote himself to veterinary medicine. In 1951, he was transferred, for political reasons, to Angola, as Chief Veterinary Officer of the province of Bié. He died a few months later, in Silva Porto (Angola), on the October 21, 1951.

quarta-feira, 4 de março de 2015

Maria Keil (1914-2012)

Menina sentada (1938, Museu do Chiado – Museu Nacional de Arte Contemporânea)
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Figurino "Astrólogo" do bailado " Lenda das Amendoeiras", pela , Companhia Portuguesa de Bailados Verde Gaio. Teatro da Trindade. 1940 (Museu Nacional do Teatro)
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Bar dos cavalos (1955)
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Projecto (painel de azulejos "O Mar" para a avenida Infante Santo, Lisboa) (1956-1958, Museu Nacional do Azulejo)
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Maria Keil (Maria Pires da Silva Keil do Amaral) nasceu em Silves, a 9 de Agosto de 1914. Pertencente à 2ª geração de pintores modernistas portugueses, a sua obra é vasta e diversificada, abarcando pintura, desenho, ilustração, azulejo, design gráfico e de mobiliário, tapeçaria, cenografia, etc. Destacou-se sobretudo como ilustradora e também como desenhadora de azulejos, contribuindo para a renovação do azulejo contemporâneo em Portugal. Em 1929, com quinze anos, veio para Lisboa, onde frequentou a Escola de Belas Artes, tendo sido aluna de Veloso Salgado. Em 1933, casou com o arquiteto Francisco Keil do Amaral e dois anos mais tarde nasceu o seu único filho, Francisco. No ano de 1936, tornou-se membro do ETP (Estúdio Técnico de Publicidade, formado por José Rocha), estabelecendo amizade com Carlos Botelho, Fred Kradolfer, Ofélia Marques e Bernardo Marques. No ano imediato faz uma estadia em Paris durante a construção do Pavilhão da Exposição Internacional de Paris (de que Keil do Amaral era arquitecto), para o qual realizou o motivo decorativo na Sala IV – Ultramar (Salle IV – Outremer). Expôs individualmente, pela primeira vez, em 1939, na Galeria Larbom, uma loja de móveis da Rua do Ouro, Lisboa. Nesse mesmo ano participou na IV Exposição de Arte Moderna do S.P.N. e recebeu o Prémio de Revelação Souza-Cardoso, em 1941. Entretanto, em 1940, concebeu cenários e figurinos para o bailado Lenda das Amendoeiras, apresentado no espetáculo de estreia da Companhia de Bailado Verde Gaio. Entre 1946 e 1956 participou nas Exposições Gerais de Artes Plásticas (SNBA), tendo realizado, em 1945 e 1955, exposições individuais. No domínio do azulejo, deve-se destacar o painel de azulejos O mar, na Avenida Infante Santo, em Lisboa; bem como a extensa colaboração para as estações do Metropolitano de Lisboa (1957-1972). No ano de 1980, foi agraciada com o grau de Comendador da Ordem Militar de Santiago da Espada e, em 2013, o Museu da Presidência da República organizou, no Palácio da Cidadela de Cascais, em parceria com a Câmara Municipal de Cascais, a exposição De propósito - Maria Keil, obra artística, apresentando uma visão retrospectiva e abrangente dos seus trabalhos.
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Cf. Wikipedia.
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Maria Keil (Maria Pires da Silva Keil do Amaral) was born in Silves, in August 9th 1914. She belongs to the Portuguese modernist painters second generation, and she is the author of a long and diversified work, that includes painting, drawing, illustration, tile designing, graphic design, furniture design, tapestry, scenography, etc. She became specially famous for her work has a illustrator, but also as a tile designer, having contributed to the renovation of the contemporary tile art in Portugal. In the year of 1929, being 15 years old, she went to live in Lisbon, where she attended the Art School and was the a pupil of the painter Veloso Salgado. In 1933, she married the architect Francisco Keil of the Amaral, and two years to later was born to their only son, Francisco. In 1936, she became member of the ETP (Publicity Technical Studio), formed by Jose Rocha, and became friends to other artists like Carlos Botelho, Fred Kradolfer, Ofélia Marques and Bernardo Marques. On the next year she spent some time in Paris, during the construction of the Portuguese Pavilion at the International Paris Exhibit, to which she created the decorative motif for the IVth room - Oversea. Maria Keil exhibited her work, for the first time, in 1939, at the Larbom Gallery, a furniture shop in Rua do Ouro (Lisbon). At the same to year, she took part of the IVth Modern Art Exhibition of SPN (National Propaganda Secretariat) and received the prize Souza-Cardoso, in 1941, at another SPN exhibit. Meanwhile, in 1940, she conceived sceneries and figurines to the dance show Legend of the Almond trees, which was presented at the opening of the Company of Bailado Verde Gaio. In the years of 1946 and 1956, she participated at the General Expositions of Arts (at Fine Arts National Society, Lisbon). As a tile art designer, one has to enhance the tile panel The sea, that is located at the Infant Santo Avenue (Lisbon), as well as the works that she made for the decorations of the Lisbon subway stations (1957-1972). In the year of 1980, Maria Keil received the state decoration of “Comendador” of the Military Order of Santiago e Espada, and, in 2013, it was held a retrospective exhibition of her work, organized by the Museum of the Presidency of the Republic and the City Council of Cascais, entitled On purpose - Maria Keil, artistic work.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Nikias Skapinakis (n. 1931)

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«Nikias Skapinakis, de ascendência grega, nasceu em Lisboa em 1931.
Frequentou o curso de arquitetura, que abandonou para se dedicar à pintura, atividade que manteve regularmente até ao presente.
Começou por expor em 1948, nas Exposições Gerais de Artes Plásticas e, desde então, realizou inúmeras exposições individuais e participou em diversas exposições coletivas, em Portugal e no estrangeiro.
Além da pintura a óleo (a sua atividade dominante), dedicou-se à litografia, serigrafia e ilustração de livros. Entre outras obras, ilustrou Quando os Lobos Uivam, de Aquilino Ribeiro (Bertrand, 1958) e Andamento Holandês, de Vitorino Nemésio (Imprensa Nacional, 1983). 
Em 1963 obteve a Bolsa Malhoa da Sociedade Nacional de Belas-Artes e em 1976 foi-lhe concedido um subsídio para investigação pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Em 1985, o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian mostrou uma exposição antológica da sua pintura, completada com uma retrospetiva da sua obra gráfica e guaches na Sociedade Nacional de Belas-Artes, no mesmo ano.
Em 1990 foi-lhe atribuído o prémio AICA/SEC, instituído pela Associação Internacional dos Críticos de Arte e a Secretaria de Estado da Cultura.
Em 1996, o Museu do Chiado organizou a exposição intitulada Para o Estudo da Melancolia em Portugal. Retrospectiva de Retratos, 1955-1974.
Em 2000, o Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves apresentou a exposição antológica Prospectiva 1966-2000.
Em 2005 foi-lhe atribuído o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, instituído pela Câmara Municipal de Amarante, e realizou um painel em cerâmica para o Metropolitano de Lisboa.
Em 2006, a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva apresentou a série de pinturas Quartos Imaginários baseada nos quartos de dormir e ateliers de diversos pintores e poetas e foi-lhe atribuído o Prémio de Arte Casino da Póvoa.
Em 2007 foi realizado para a televisão O Teatro dos Outros, um filme documental de Jorge Silva Melo sobre o conjunto da sua obra.
Em 2009 realizou no Centro Cultural de Cascais a exposição Desenho a preto e branco e a cores, abrangendo a sua obra gráfica entre 1958 e 2009. 
Tem publicado textos de intervenção crítica em diversos jornais e revistas.
Vive e trabalha em Lisboa.»
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Cf.: Nikias Skapinakis. Presente e Passado. 2012-1950, Museu Coleção Berardo.
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«Nikias Skapinakis was born in Lisbon in 1931 to Greek parents.
He studied architecture, which he abandoned for painting, an activity he continues to develop to this day.
He started exhibiting in 1948 at the Exposições Gerais de Artes Plásticas and since then has held countless solo exhibitions and participated in various collective exhibitions in Portugal and abroad.
Besides oil painting (his preferred genre), he has worked in lithography, serigraphy and book illustration. Among others, he has illustrated Quando os Lobos Uivam by Aquilino Ribeiro (Bertrand, 1958) and Andamento Holandês by Vitorino Nemésio (Imprensa Nacional, 1983).
In 1963, he obtained the Bolsa Malhoa from the Sociedade Nacional de Belas-Artes and in 1976 he was awarded a research grant by the Fundação Calouste Gulbenkian.
In 1985, the Modern Art Centre (CAMJAP) of the Fundação Calouste Gulbenkian showed an anthological exhibition of his paintings, completed by a retrospective of his graphic art and gouaches at the Sociedade Nacional de Belas-Artes in the same year.
In 1990, he was awarded the AICA/SEC prize by the International Association of Art Critics (AICA) and the Secretary of State for Culture.
In 1996, the Museu do Chiado organised an exhibition of his work entitled Para o Estudo da Melancolia em Portugal. Retrospectiva de Retratos, 1955-1974.
In 2000, the Museu de Arte Contemporânea of the Fundação de Serralves presented the anthological exhibition Prospectiva 1966-2000.
In 2005, he was awarded the Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso by the Amarante Municipal Council and completed a ceramic panel for the Lisbon metro.
In 2006, the Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva presented the series of paintings Quartos Imaginários based on the bedrooms and studios of various painters and poets and he was awarded the Prémio de Arte Casino da Póvoa.
In 2007, a television documentary about his work – O Teatro dos Outros - was produced by Jorge Silva Melo.
Em 2009, the Centro Cultural de Cascais held the exhibition Desenho a preto e branco e a cores covering his graphic art produced between 1958 and 2009.
He has published critical essays in various newspapers and magazines.
He lives and works in Lisbon.»
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See more at: http://en.museuberardo.pt/exhibitions/nikias-skapinakis-presente-e-passado-2012-1950#sthash.Hn0pKLfr.dpuf

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Jorge Segurado (1898-1990)

Casa da Moeda (1933-1941, Lisboa)
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Colégio de Santa Doroteia, Lisboa (1935-1957)
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Capela de São Gabriel, Marconi, Vendas Novas (1951)
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Pousada do Infante, Sagres (1960)
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Tentações de Sábio Computador (1976, Centro de Arte Moderna)
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Filho do engenheiro João Emílio Segurado, frequentou o Liceu Pedro Nunes e, em 1913, inscreveu-se no Curso Preparatório da Escola de Belas-Artes de Lisboa, seguido, em 1918, pelo Curso Especial de Arquitetura, que concluiu em 1924. Discípulo, nas Belas Artes, de José Luís Monteiro, trabalhou no atelier de Tertuliano de Lacerda Marques e na Caixa Geral de Depósitos, com Pardal Monteiro. Uma das suas primeiras obras (com Carlos Ramos e Adelino Nunes) foi o Liceu Júlio Henriques (actual Escola Secundária José Falcão), em Coimbra (1929-1931). Em 1930, participou no I Salão dos Independentes (SNBA) e, no ano seguinte, fez uma viagem pela Europa que lhe permitiu conhecer a Alemanha, a Holanda e a França, visitando a Exposição Colonial Internacional de Paris. Nos anos 30, realizou projectos de teor modernista, sendo de destacar, para além da Galeria UP, de António Pedro (1933) e do Liceu D. Filipa de Lencastre (1932-1940), o edifício da Casa da Moeda (1933-1941) - estes dois últimos projectos em colaboração com António Varela. Na década seguinte adoptou modelos estéticos de cariz mais conservador e historicista, observáveis nos projectos do Colégio de Santa Doroteia (1935-1957), na sua própria habitação na Rua de São Francisco Xavier, em Lisboa (Prémio Valmor de 1947), ou mesmo na remodelação do Hotel de Santa Luzia, para o qual concebeu o mobiliário (1947-1956). Entretanto, em 1941, foi condecorado Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e, em 1948, Comendador da Ordem Militar de Cristo. No período seguinte, regressou a um estilo mais moderno, que alternou ou procurou conciliar com a linguagem tradicional. Projectou a Capela de São Gabriel em Torres Novas (1951), que ostenta um vitral de Almada Negreiros – pintor de quem era amigo e que também desenhou uma tapeçaria para decorar o Salão do Hotel de Santa Luzia. Contam-se ainda as obras da Estação Agronómica Nacional (1963), da Fábrica de Fogões Portugal (Oeiras), a Pousada de Sagres (1960), e os “Blocos Amarelos”, na Avenida do Brasil, em Lisboa (1954-1963), projectados em coloboração com o filho, o arquitecto João Carlos Segurado. Para além do trabalho como arquitecto, foi também investigador em temas ligados à história, à arte e à arquitetura portuguesa, podendo citar-se, como exemplo, as livros Francisco d’Ollanda (1970) e Mário Eloy, pinturas e desenhos (1982). Foi igualmente autor de desenhos, de teor surrealista, como é o caso de Tentações de Sábio Computador (1976, CAM-FCG), tendo feito uma exposição de desenhos, em 1979, no Diário de Notícias.
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Bibliografia:
FERNANDES, José Manuel, Arquitectos Segurado, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 2011.
GALVÃO, Andreia, A Caminho da Modernidade. A travessia portuguesa, ou o caso da obra de Jorge Segurado como um exemplo de complexidade e contradição na arquitectura (1920-1940), Universidade Lusíada, Lisboa, 2003 (Dissertação de Doutoramento).
SANTOS, Pedro Rafael Pavão dos, Jorge Segurado. Um arquitecto moderno de casas e sonhos na República, Ditadura Militar e Estado Novo, FCSH-UNL, 2009 (Dissertação de Mestrado).
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Segurado (consulta da 16/1/2015)
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Son of the engineer João Emilio Segurado, he studied at the secondary school Pedro Nunes and, in 1913, he was enrolled in the Lisbon School of Fine-Art Preparatory Course, followed, in 1918, for the Special Course of Architecture, that he concluded in 1924. Disciple, at the Fine Arts School, of the architect José Luis Monteiro, Segurado later worked in the studio of Tertuliano de Lacerda Marques and in the designing of de bank Caixa Geral de Depósitos, with Pardal Monteiro. One of his first works (with Carlos Ramos and Adelino Nunes) was the secondary school Liceu Júlio Henriques (currently named school Jose Falcão), in Coimbra (1929-1931). In 1930, it participated in the I Hall of Independents (SNBA) and, in the following year, he made a trip through Europe that allowed him to visit Germany, Holland and France, visiting the Paris International Colonial Exposition. During the 1930 decade, he carried through architectural projects in the modernist style, for example the Gallery UP of António Pedro (1933), the secondary school D. Filipa de Lencastre (1932-1940), the Casa da Moeda (1933-1941) - these two last projects in teamwork with António Varela. On the following decade he adopted a more conservative approach, that can be observed in the projects of the College of Santa Doroteia (1935-1957), in his own house at the Street of São Francisco Xavier, in Lisbon (Valmor Prize of 1947), or in the remodeling of the Hotel Saint Luzia, in Viana do Castelo, for which he also planned the furniture and decoration (1947-1956). In the year of 1941, he was decorated Official of the Military Order of Sant'Iago e Espada and, in 1948, he was made Comendador of the Military Order of Christ. In the following period, Segurado returned to a more modern manner, that he still conciliated with a traditional style. He projected the Chapel of São Gabriel in Torres Novas (1951), that exhibits a stained glass drawn by Almada Negreiros – a painter that was his friend and that also drew a tapestry to decorate the Hall of the Hotel of Saint Luzia. Later works include the workmanships of the Estação Agronómica Nacional (1963), Portugal Stoves Factory (Oeiras), the Inn of Sagres (1960), and the buildings “Yellow Blocks”, in the Avenue of Brazil, in Lisbon (1954-1963), projected with his son, the architect João Carlos Segurado. Further than the labor as an architect, Segurado also worked in Portuguese history and art investigation, and was the author of books on those subjects, as, for example: Francisco d' Ollanda (1970) and Mário Eloy, paintings and drawings (1982). He was equally author of drawings of surrealist thematic, as is the case of Temptations of Wise Computer (1976, CAM-FCG), having made an exhibit of this drawings, in 1979, at the gallery of the newspaper Diário de Notícias.