Sem Título (1960-1970, Núcleo de Arte Contemporânea Laranjeira Santos, Figueira da Foz)
Turra-turra-turra (2001, Núcleo de Arte Contemporânea Laranjeira Santos, Figueira da Foz)
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Laranjeira Santos nasceu em Lisboa, em 24 de Setembro de 1930. Depois de ter estudado na Escola António Arroio, ingressou, em 1951, na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, concluindo a licenciatura em Escultura em 1955, tendo sido discípulo de Leopoldo de Almeida. Entre 1952 e 1953, passou pelo atelier de António Duarte, acompanhado por João Cutileiro, de quem era amigo. Em 1955, recebeu uma bolsa para uma missão estética na Figueira da Foz, onde teve como guia o Professor António Victor Guerra (director do Museu e da Biblioteca), com cuja filha, Maria José Guerra, viria a casar em 1959. Em 1956, viajou por Inglaterra e França, onde contactou com a obra de Henry Moore, Butler, Picasso e Brancusi. Em 1961, com uma bolsa de estudo da Fundação Calouste Gulbenkian, foi para Itália onde permaneceu até 1963, concluindo outra licenciatura em Escultura na Accademia di Belle Arti di Roma, tendo sido aluno de Marino Marini e Manzu. De regresso a Portugal, retomou a atividade de Professor (iniciada em 1956). Em 1971 integrou a Escola Luís de Camões, onde permaneceu cerca de 20 anos. Paralelamente, deu seguimento à sua produção artística, trabalhando entre o seu atelier dos Coruchéus e o atelier de Sintra. No ano de 1986 foi seleccionado, com mais dois escultores, num concurso público da Câmara Municipal de Lisboa para a realização do Monumento a Fernando Pessoa, posteriormente interrompido. Participou em várias exposições em Portugal e no estrangeiro. Ao longo da sua carreira artística foi galardoado com diversas destinções das quais se destaca, em 2002, o Prémio de Aquisição – Academia Nacional de Belas Artes. A sua obra escultórica iniciou por uma linha figurativa com elevada simplificação das formas, adoptando volumes mais arredondados na década de 60. Nos anos 70 deu-se uma maior estilização e, no final da década de 80, passou a utilizar o poliuretano, entre outros materiais. As suas esculturas tenderam a apresentar cores saturadas, em formas imaginárias, por vezes lúdicas.
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Laranjeira Santos was born in Lisbon, on September 24, 1930. After studying at the António Arroio School, he entered the Lisbon Superior School of Fine Arts in 1951, completing a degree in Sculpture in 1955, having been a disciple of Leopoldo de Almeida. Between 1952 and 1953, he visited António Duarte's atelier, accompanied by João Cutileiro, with whom he was a friend. In 1955, he received a scholarship for an aesthetic mission in Figueira da Foz, where he was guided by Professor António Victor Guerra (director of the Museum and Library), whose daughter, Maria José Guerra, he would marry in 1959. In 1956, traveled through England and France, where he came into contact with the work of Henry Moore, Butler, Picasso and Brancusi. In 1961, with a scholarship from the Calouste Gulbenkian Foundation, he went to Italy where he stayed until 1963, completing another degree in Sculpture at the Accademia di Belle Arti di Roma, having been a student of Marino Marini and Manzu. Back in Portugal, he resumed his activity as Professor (begun in 1956). In 1971 he joined the Luís de Camões School, where he remained for about 20 years. At the same time, he continued his artistic production, working between his atelier in Coruchéus and the atelier in Sintra. In 1986, he was selected, along with two other sculptors, in a public competition held by the Lisbon City Council to create the Monument to Fernando Pessoa, which was subsequently discontinued. He participated in several exhibitions in Portugal and abroad. Throughout his artistic career he was awarded with several distinctions, of which, in 2002, the Acquisition Prize – Academia Nacional de Belas Artes stands out. His sculptural work began with a more figurative with a high simplification of shapes, adopting more rounded volumes in the 60s. In the 1970s, greater styling took place and, at the end of the 1980s, polyurethane began to be used, among other materials. His sculptures tended to feature saturated colors in imaginary, sometimes playful, forms.
Bibliografia:
Luísa Alexandra, «Espaços de intimidade, espaços de construção de identidade : o escultor Laranjeira Santos : uma história de vida», in Arte teoria, Nº6 (2005), p. 198-215 [https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/11496/2/ULFBA_PER_ARTE%20TEORIA_N6_2005_LUISA%20ALEXANDRA.pdf]
«Laranjeira Santos», in Município da Figueira da Foz [https://www.cm-figfoz.pt/pages/1297]
«Laranjeira Santos», in Centro Português de Serigrafia [https://www.cps.pt/pt/artistas/laranjeira-santos]